
O presidente Jair Bolsonaro voltou a declarar sua insatisfa��o com integrantes do governo. Em crise com Luiz Henrique Mandetta, ministro da Sa�de, Bolsonaro disse que sua 'caneta funciona', dando a entender que pode afastar subordinados de seus cargos. pic.twitter.com/fqqbe5HUR0
— Estado de Minas (@em_com) April 6, 2020
Bolsonaro disse a apoiadores em frente ao Pal�cio da Alvorada que "algo subiu na cabe�a" de alguns de seus subordinados, mas que a "hora deles vai chegar". "A minha caneta funciona", afirmou Bolsonaro. "Algumas pessoas no meu governo, algo subiu a cabe�a deles. Est�o se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas. Falam pelos cotovelos. Tem provoca��es. Mas a hora deles n�o chegou ainda n�o. Vai chegar a hora deles. A minha caneta funciona. N�o tenho medo de usara a caneta nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil, n�o � para o meu bem", disse Bolsonaro.
Mandetta e Bolsonaro t�m divergido sobre estrat�gias de isolamento da popula��o contra o novo coronav�rus. O ministro defende uma a��o mais ampla, para evitar aglomera��es e estimular redu��o de fluxo urbano, com medidas como trabalho em home office e fechamento do com�rcio em locais com grande n�mero de casos. J� Bolsonaro defende um "isolamento vertical" em que sejam afastadas pessoas acima de 60 anos ou que apresentem outras doen�as.
Bolsonaro escancarou descontentamento com Mandetta na �ltima semana. O presidente disse que falta "humildade" ao ministro e, embora tenha afirmado que n�o pretende dispens�-lo "no meio da guerra", ressaltou que ningu�m � "indemiss�vel" em seu governo. O protagonismo do auxiliar diante da crise envolvendo a pandemia do coronav�rus j� vinha incomodando o presidente h� algum tempo. Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as declara��es de Bolsonaro, feitas na �ltima quinta-feira, 2, Mandetta respondeu: "Trabalho, lavoro, lavoro", repetindo a palavra que significa "trabalho" em italiano.
No dia seguinte �s declara��es do chefe, Mandetta disse que continuaria no governo, afirmando que um m�dico n�o abandona o seu paciente.