Prefeito de Varginha alega que 'queda de bra�o pol�tica' motivou ren�ncia

Depois de renunciar ao cargo ap�s ser pressionado por ter autorizado a reabertura geral do com�rcio em Varginha, Sul de Minas, o prefeito Antonio Silva (PTB) afirmou que desistiu do mandato em meio a uma queda de bra�o pol�tica. Na quinta-feira, ele havia liberado o funcionamento de lojas no Centro, das 10 �s 17h, mas acabou revogando a decis�o devido � recomenda��o do Minist�rio P�blico Estadual (MPMG) e entidades locais da �rea de sa�de, que defendem a manuten��o das restri��es aos lojistas dentro dentro da pol�tica de isolamento social para evitar a propaga��o do coronav�rus. 

 

Na carta de ren�ncia encaminhada � C�mara de Vereadores na manh� desta segunda-feira (6), Antonio Silva, n�o exp�s objetivamente os motivos da sa�da: “N�o sou prefeito, apenas estou prefeito, mas, nas atuais circunst�ncias e por raz�es de foro �ntimo, reconhe�o n�o ter condi��es de continuar administrando a prefeitura”. 

Por�m, em entrevista a um site de Varginha (Blog do Madeira), Silva (que ocupou o cargo em quatro mandatos) afirma que a “queda de bra�o politica” durante a crise do coronavirus o levou a deixar o comando do Executivo. “A �nica coisa que me afeta um pouco � que n�o gosto de pessoas que gostam de se promover �s minhas costas. Est� havendo uma queda de bra�o pol�tica, ideol�gica, �s custas das vidas das pessoas. Agora ningu�m morre mais de suic�dio, de dengue. S� de coronav�rus”, afirmou, ao sustentar a defesa de flexibiliza��o do isolamento. 

Ele alegou que a Associa��o Comercial de Varginha solicitou a abertura do com�rcio e que um dirigente de uma entidade m�dica participou de uma reuni�o na qual foi deliberado o retorno parcial das atividades do com�rcio local. Ele afirma que essa mesma pessoa que teria dado o sinal verde voltou atr�s e, em entrevista a uma r�dio local, declarou ser contra a proposta. “O que n�o admito � querer crescer nas minhas costas. Assumir a responsabilidade s� n�o d�”, declarou.

 

A recomenda��o para que o decreto fosse revogado partiu do Minist�rio P�blico Estadual. O mesmo posicionamento foi adotado pelo N�cleo de Vigil�ncia Epimediol�gica da Superintend�ncia Regional de Sa�de (SRS) de Varginha, Associa��o M�dica de Varginha (AMV) e Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais.

Diante da rea��o do MPMG e das entidades da �rea de sa�de, j� no s�bado (4), o ent�o prefeito assinou novo decreto, tornando sem efeito anterior. Al�m disso, ele prorrogou as restri��es ao com�rcio local por mais 15 dias. At� 21 de abril, somente estar�o autorizadas na cidade atividades de ramos do com�rcio considerados essenciais como farm�cias, supermercados e postos de gasolina.

Pela manh�, em entrevista ao Estado de Minas, o vice-prefeito de Varginha, Verdi L�cio Melo (PTB), que assumir� a prefeitura, disse que o Ant�nio Silva passou a ser hostilizado nas redes sociais desde que liberou o funcionamento do com�rcio na cidade, e que isso teria pesado na decis�o pelo afastamento.

 

Questionado sobre os planos da administra��o municipal para a volta das atividades comerciais, Verdi disse voltar� a avaliar a quest�o em duas semanas. "Estamos atentos ao andamento da pandemia. � uma quest�o delicada, que precisa ser analisada com cuidado, pois precisamos preservar a sa�de e, ao mesmo tempo, a sobreviv�ncia das pessoas. Caminhamos para quebrar Varginha e o pa�s. � urgente encontrarmos um equil�brio", argumenta o vice-prefeito.