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Estado de Minas POL�TICA

O 'fico' de Mandetta: as frases mais fortes no discurso do ministro da Sa�de

Luiz Henrique Mandetta voltou a declarar que m�dico n�o abandona paciente e confirmou que segue no cargo


postado em 06/04/2020 21:52 / atualizado em 06/04/2020 22:18

Mandetta não sucumbiu à pressão de Jair Bolsonaro e discursou com frases fortes(foto: Evaristo Sá/AFP)
Mandetta n�o sucumbiu � press�o de Jair Bolsonaro e discursou com frases fortes (foto: Evaristo S�/AFP)
Depois de um dia turbulento, com especula��es sobre seu futuro na condi��o de ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta declarou que continua no cargo. A despeito das cr�ticas que recebeu do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas estrat�gias adotadas no combate � COVID-19, ele deu um pronunciamento nesta segunda-feira � noite, em Bras�lia, e repetiu a frase usada na sexta-feira, dia 3: “M�dico n�o abandona paciente. Eu n�o vou abandonar”.


"Nesse um ano e quatro meses, esse Minist�rio da Sa�de se organizou enquanto equipe de trabalho t�cnica. Tudo que foi feito at� o momento e tamb�m durante esse epis�dio coronav�rus, ele � um trabalho do qual sou apenas porta-voz. Ele � fruto de hist�ricos do SUS, do Minist�rio da Sa�de, da melhor equipe t�cnica com a qual eu poderia sonhar e ter o prazer de trabalhar.

Aqui nesse minist�rio, de quem trabalha na portaria, na zeladoria, de quem trabalha em cada um desses andares, s� tenho que agradecer a performance e o comprometimento que tiveram nesses um ano e quatro meses.

O trabalho que fazemos � trabalho t�cnico. A �nica coisa que eu fa�o � ser porta-voz do trabalho t�cnico de voc�s. De vez em quando, n�o � muito comum, dou apenas alguns pequenos palpites. Alguns pequenos palpites.

E � muito dif�cil, no momento em que est�o todos com os nervos � flor da pele, pelos mais diferentes motivos, em que as rea��es s�o todas muito extremadas, � muito dif�cil trabalhar nesse sistema em que a gente n�o sabe ao certo como vai ser o pr�ximo dia, a pr�xima semana. A gente n�o sabe se o comportamento da doen�a nos tr�picos, no nosso meio, vai se comportar como se comporta em outros pa�ses.

Nos cobram respostas, cen�rios, para perguntas que n�s nos fazemos diariamente. N�s n�o temos pretens�o de sermos os donos da verdade aqui dentro, somos os donos das d�vidas e procuramos as respostas nos consensos �s vezes muito complexos para as posi��es que temos que fazer. Sabemos da nossa responsabilidade, aqui n�o tem ningu�m aqui que n�o tenha uma longa rodagem no sistema de sa�de.

N�s somos o espelho daqueles que est�o l� nas unidades de sa�de, desde a unidade b�sica de sa�de no nosso menor munic�pio, a todos os hospitais brasileiros, tanto p�blicos quanto privados. Procuramos ser a voz da ci�ncia. N�s procuramos as sociedades de especialidades, o Conselho Federal de Medicina, para adotar protocolos, adotar drogas, estrat�gias. N�s abrimos o Minist�rio da Sa�de para todos os outros minist�rios, da Economia, da Integra��o Nacional, Controladoria Geral da Uni�o. Trabalhamos o tempo todo com transpar�ncia nos n�meros, nas discuss�es e nas tomadas de decis�es.

Cr�ticas e cutucadas de Bolsonaro

N�o temos nenhum receio da cr�tica, a cr�tica construtiva ela enobrece e nos faz rever e dar passos � frente. Gostamos da cr�tica construtiva. O que n�s temos dificuldade �, quando, em determinadas situa��es, por determinadas impress�es, as cr�ticas n�o v�m no sentido de construir, mas que vem para trazer dificuldade no ambiente trabalho. E isso eu n�o preciso traduzir, isso tem sido uma constante. O Minist�rio da Sa�de adotar uma determinada linha, adotar uma determinada situa��o, e temos muitas vezes que voltar, fazer determinados contrapontos, para podermos reorganizar a equipe, que fica numa sensa��o de ang�stia.

Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho aqui, ficou todo mundo aqui com cabe�a avoada, se eu iria permanecer, se eu iria sair. Agrade�o muito os gestos de solidariedade, gente aqui dentro limpando gaveta, limpando as coisas, at� as minhas gavetas voc�s ajudaram a fazer as limpezas das minhas gavetas. N�s vamos continuar, porque continuando a gente vai enfrentar o nosso inimigo, o nosso inimigo tem nome e sobrenome, � o COVID-19.

N�s temos uma sociedade para tentar lutar, para tentar proteger.  M�dico n�o abandona paciente. Eu n�o vou abandonar. Agora, as condi��es de trabalho para os m�dicos precisam ser, para todos, eu vou tentar trazer as melhores condi��es para voc�s na ponta. � a �nica coisa que est� pedindo � o melhor ambiente para trabalhar aqui dentro do Minist�rio da Sa�de. 

Reuni�o dos ministros com o presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira

Foi uma reuni�o produtiva, uma reuni�o muito boa, acho que governo de posiciona no sentido de ter mais uni�o, ter mais foco, de ter todos unidos em dire��o a esse problema. Espero que a equipe do Minist�rio da Sa�de, que j� descansou muito hoje, achei que ficaram muito sem trabalhar. Agora, vamos terminar a coletiva, voltar para o quinto andar, vamos retomar o servi�os que temos que retomar. 

Isolamento

Temos condicionantes. Enquanto n�o tivermos regulariza��o de estoque, de EPI, de previsibilidade de coloca��o de ventiladores, respiradores, enquanto n�o tivermos as condi��es de mudar as recomenda��es, n�s refor�amos que devem ser seguidas as recomenda��es dos governadores de estado.

Apelo � sociedade

A sociedade precisa entender que a movimenta��o social � tudo que esse v�rus, que o nosso inimigo, quer. Essa movimenta��o vai levar esse v�rus para as camadas mais fr�geis da nossa sociedade, as camadas mais numerosas, para os moradores de rua, para as comunidades, favelas, para as grandes concentra��es urbanas. Vida � vida, n�o tem nenhuma pessoa que chegue que n�o ser� atendida pelos servi�os m�dicos. N�s n�o estamos preparados para uma escalada de casos nas nossas grandes metr�poles.

Paz para conduzir

Come�amos com mais um solavanco a semana de trabalho. esperamos que a gente possa ter paz para poder conduzir.

S� espero que a gente possa, aqui, com essa equipe, n�s vamos atravessar, trabalhar, todo mundo tem no��o de Brasil muito forte. A sa�de, a ci�ncia ainda vai achar uma sa�da mais elegante para esse problema. Por enquanto, o que temos � uma sa�da primitiva de procurar isolamento em frente a uma doen�a contagiosa."


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