1- H� 40 dias venho falando do uso da Hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19. Sempre busquei tratar da vida das pessoas em 1� lugar, mas tamb�m se preocupando em preservar empregos. Fiz, ao longo desse tempo, contato com dezenas m�dicos e chefes de estados de outros pa�ses.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 8, 2020
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina e da cloriquina em pacientes com covid-19. Os medicamentos ainda n�o t�m resultados cientificamente comprovados para o tratamento da doen�a. Nesta quarta-feira, 8, Bolsonaro recebe o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, para reuni�o no Pal�cio do Planalto, com in�cio �s 9h.
O uso dos medicamentos � uma das diverg�ncias entre Bolsonaro e Mandetta. O encontro ocorre dois dias depois da amea�a de demiss�o do ministro ter sido quase concretizada.
"H� 40 dias venho falando do uso da hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19. Sempre busquei tratar da vida das pessoas em 1º lugar, mas tamb�m se preocupando em preservar empregos", escreveu Bolsonaro.
O presidente disse ter feito contato com "dezenas de m�dicos" e alguns chefes de Estado de outros pa�ses para falar sobre os medicamentos. "Cada vez mais o uso da cloroquina se apresenta como algo eficaz", argumentou.
Na publica��o, o presidente tamb�m citou que dois m�dicos brasileiros se negam a divulgar se utilizaram os dois rem�dios em seus tratamentos contra o novo coronav�rus. Bolsonaro faz refer�ncia ao coordenador do Centro de Conten��o para o novo coronav�rus no Estado de S�o Paulo, David Uip. O m�dico precisou ser internado ap�s testar positivo para a covid-19. Uip tem sido pressionado para revelar se utilizou ou n�o cloroquina e hidroxicloroquina durante seu tratamento.
"Dois renomados m�dicos no Brasil se recusaram a divulgar o que os curou da COVID-19. Seriam quest�es pol�ticas, j� que um pertence a equipe do Governador de SP?", questionou. "Acredito que eles falem brevemente, pois esse segredo n�o combina com o Juramento de Hip�crates que fizeram. Que Deus ilumine esses dois profissionais, de modo que revelem para o mundo que existe um promissor rem�dio no Brasil", declarou.
Nesta ter�a-feira, em coletiva de imprensa, o ministro da Sa�de afirmou que o �rg�o acompanha estudos cl�nicos sobre a efic�cia de medicamentos contra o novo coronav�rus, entre eles, a cloroquina e a hidroxicloroquina. Os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir do pr�ximo dia 20.
No Brasil, a droga j� est� dispon�vel nos hospitais para pacientes com quadros moderados e graves. Fora desse grupo, o minist�rio n�o recomenda a utiliza��o.
"J� liberamos cloroquina e hidroxicloroquina tanto para os pacientes cr�ticos, aqueles que ficam em CTIs, quanto para qualquer paciente em hospital, o moderado. O medicamento j� � entregue, j� tem protocolo", disse o ministro.
Na segunda-feira, Mandetta havia afirmado ter sido pressionado por dois m�dicos a editar um protocolo para administra��o dos medicamentos, ap�s reuni�o com o presidente Bolsonaro. Ele se recusou alegando aus�ncia de embasamento cient�fico.
Na semana passada, Bolsonaro chegou a dizer que Mandetta "extrapolou" e que faltava "humildade" ao chefe da pasta da Sa�de. E destacou que n�o o demitiria no "meio da guerra", apesar de ningu�m em seu governo ser "indemiss�vel".
Em resposta, Mandetta afirmou: "Trabalho, lavoro, lavoro", repetindo a palavra que significa "trabalho" em italiano. Durante coletiva na segunda-feira, depois dos rumores sobre sua eventual demiss�o, Mandetta afirmou que n�o deixaria o cargo e reiterou que um "m�dico n�o abandona o seu paciente".
Bolsonaro e o ministro tamb�m t�m discordado sobre a manuten��o de medidas de isolamento social no combate ao novo coronav�rus. Al�m disso, o presidente est� incomodado com o ganho de popularidade do chefe da Sa�de em vista de sua relativa perda de apoio apontada por pesquisas recentes.
Desde a situa��o envolvendo a sa�da de Mandetta, Bolsonaro tem mantido sil�ncio e evitado a imprensa. Nesta ter�a, chegou a faltar dois compromissos previstos em sua agenda.