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Estado de Minas

Conhe�a o novo ministro da Sa�de

O oncologista Nelson Teich substitui Luiz Henrique Mandetta, que deixa o minist�rio ap�s semanas de embates p�blicos com o presidente


postado em 16/04/2020 16:34 / atualizado em 16/04/2020 20:31

(foto: Reprodução/Youtube)
(foto: Reprodu��o/Youtube)
Nelson Teich � escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para o Minist�rio da Sa�de. O oncologista substitui Luiz Henrique Mandetta, que deixa o cargo ap�s semanas de embates p�blicos com o presidente.



Nelson Luiz Sperle Teich � formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em oncologia pelo Instituto Nacional de C�ncer e doutorado em Ci�ncias e Economia da Sa�de pela Universidade de York, no Reino Unido.

Fundou e presidiu o Grupo Cl�nicas Oncol�gicas Integradas (COI) entre 1990 e 2018. Foi consultor da �rea de sa�de da campanha de Jair Bolsonaro � presid�ncia em 2018. Chegou a ser cotado para o Minist�rio da Sa�de na �poca.

O oncologista conta com apoio da classe m�dica e mant�m boa rela��o com os empres�rios do setor de sa�de. A expectativa � de que Teich traga dados que destravem debates “politizados” sobre a COVID-19.

Segundo seu perfil no LinkedIn, ele atuou como consultor da Secretaria de Ci�ncia, Tecnologia e Insumos Estrat�gicos do Minist�rio da Sa�de, atualmente comandado por Denizar Vianna.

Vianna e Teich t�m uma rela��o de proximidade. Nesta quinta-feira, Mandetta sugeriu que Vianna poderia at� compor uma pr�xima gest�o da pasta. O ministro atual n�o mencionou o nome de Teich, mas afirmou que o oncologista � um bom pesquisador, embora n�o conhe�a o SUS.

Em um artigo publicado em 3 de abril no LinkedIn, o m�dico criticou a “polariza��o” entre a sa�de e a economia. “Esse tipo de problema � desastroso porque trata as combina��es complementares e sin�rgicas como se fossem antag�nicas. A situa��o foi conduzida de uma forma inadequada, como se tiv�ssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal ”, escreveu.

Teich n�o � defensor do isolamento vertical, em que apenas idosos e pessoas com doen�as graves s�o colocadas em quarentena. O modelo � defendido por Bolsonaro e foi um dos principais fatores de desgaste entre o presidente e o ministro Mandetta, que deixou o isolamento horizontal.

Nelson Teich publicou tr�s artigos sobre o coronav�rus na sua p�gina pessoal no LinkedIn. No texto mais recente, de 2 de abril, o oncologista defende o isolamento horizontal como uma “melhor estrat�gia no momento” no combate � pandemia.

“Diante da falta de informa��es e completas de comportamento, morbidade e letalidade de COVID-19, e com possibilidade do Sistema de Sa�de n�o ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, uma op��o pelo isolamento horizontal, onde toda a popula��o que n�o executa atividades essenciais precisa seguir medidas de dist�ncia social, � uma melhor estrat�gia no momento. Al�m do impacto no cuidado de pacientes, o isolamento horizontal � uma estrat�gia que permite ganhar tempo para entender melhor a doen�a e implantar medidas que permitam uma recupera��o econ�mica do pa�s ”, escreveu Teich.

Teich v� “fragilidades” no isolamento vertical, defendendo um "isolamento estrat�gico". “Estamos falando aqui do uso de testes em massa e estrat�gias de rastreamento e monitoramento, algo que poderia ser feito rapidamente com o aux�lio das operadoras de telefonia celular”, afirmou.

Qual � a opini�o de Nelson Teich sobre a cloroquina?

Em um dos textos no LinkedIn, o oncologista menciona a cloroquina como esperan�a no tratamento da doen�a, mas n�o se posiciona sobre uma forma de como a subst�ncia deve ser usada.

Em 2016, em entrevista ao site Medscape, Teich criticou a libera��o da venda de fosfoetanolamina, que ficou conhecida como “p�lula do c�ncer”, mas disse que o uso de subst�ncias sem provas comprovadas � um direito do paciente.

“� uma decis�o pol�tica e populista que quebra um processo estruturado de avalia��o de medicamentos. Uma coisa, por�m, precisa ficar clara: voc�, como m�dico, est� l� para orientar o paciente. Se ele quiser fazer uso do componente � um direito dele. (...) Usar algo que n�o tem comprova��o cient�fica � uma escolha individual ”, afirmou o oncologista.

Teich, no entanto, defende que o uso de um medicamento sem comprova��o cient�fica deve ser arcado pelo paciente.


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