Bolsonaro: 'N�o fui consultado sobre medidas tomadas por prefeitos e governadores'

O presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro aproveitou o pronunciamento desta quinta-feira, em que anunciou a troca de comando no Minist�rio da Sa�de, para combater as a��es e o discurso de governadores e prefeitos que v�o na contram�o do que � dito pelo Planalto. Bolsonaro afirmou que n�o foi consultado sobre as medidas restritivas adotadas em estados e munic�pios, chamou decretos de "excesso" e "exagero" e disse que a conta n�o dever� ser colocada "nas costas do povo brasileiro".

Ap�s anunciar a demiss�o de Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro ressaltou que todos os ministros devem pensar da mesma maneira no enfrentamento � pandemia do novo coronav�rus (COVID-19). Para ele, � preciso preservar vidas, mas sem deixar de lado ‘a quest�o do emprego’ no pa�s. O presidente acusou governadores e prefeitos de ‘saber o que estavam fazendo’ e alertou que ‘a fonte’ de recursos do governo para o ‘aux�lio’ a desempregados ‘n�o � eterna’.

“Sei e repito que a vida n�o tem pre�o. Mas a economia, o emprego, tem que voltar � normalidade. N�o o mais r�pido poss�vel, como conversado com o Dr Nelson (Teich, substituto de Mandetta na Sa�de), mas tem que come�ar a ser flexibilizado. Para que n�o soframos mais com isso. N�s todos, Poder Executivo, Legislativo e decis�es do Judici�rio, temos que ter muita prud�ncia. O governo n�o � uma fonte de socorro eterna. Em nenhum momento eu fui consultado por medidas adotadas por grande parte dos governadores e prefeitos. Tenho certeza, eles sabiam o que estavam fazendo. O pre�o vai ser alto. Tinham que fazer alguma coisa? Tinham. Mas, se porventura, exageraram, n�o bote essa conta, n�o no governo federal, n�o bote essa mais essa conta nas costas do nosso sofrido povo brasileiro”, disse Bolsonaro.

Tr�s Poderes

O presidente enfatizou n�o querer ‘criar problemas com outros poderes’. Ele ressaltou responsabilidade de todos por seus atos e afirmou que n�o pecar� ‘por omiss�o’, mas que nunca iria mandar prender quem desobedecer as orienta��es de isolamento e distanciamento social impostas.

“Eu apelo para os demais outros poderes. A responsabilidade n�o � s� minha, � de todos n�s. Os excessos que alguns cometeram, que se responsabilizem por eles. Jamais eu mandaria as for�as armadas prender quem quer que seja que estivesse nas ruas. Jamais, como chefe do executivo, vou retirar o direito constitucional de ir e vir. Seja qual for o cidad�o. Devemos tomar medidas sim, para evitar a prolifera��o ou expans�o do v�rus. Mas pelo convencimento e com medidas que n�o atinjam as garantias de liberdade individual do cidad�o”, comentou.

“Quem tem poder de decretar estado de defesa ou de s�tio, depois obviamente de decis�o do parlamento brasileiro, � o presidente da Rep�blica e n�o prefeitos e governadores. O excesso n�o levar� � solu��o do problema. Muito pelo contr�rio, s� a agravar�. Como venho dizendo desde muito, que o rem�dio para curar o paciente n�o pode ter o efeito colateral mais danoso do que a pr�pria doen�a”, finalizou.