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Estado de Minas COVID-19

Mandetta usa escravid�o para explicar cr�ticas ao isolamento: 'S� quem est� gritando � a Casa Grande'

Ex-ministro da Sa�de revelou inten��o de escrever um livro sobre viv�ncias ante a pandemia


postado em 21/04/2020 20:49 / atualizado em 21/04/2020 21:17

Mandetta foi substituído por Nelson Teich no comando da saúde federal.(foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)
Mandetta foi substitu�do por Nelson Teich no comando da sa�de federal. (foto: Marcello Casal JrAg�ncia Brasil)
Para o ex-ministro da Sa�deLuiz Henrique Mandetta, as cr�ticas �s medidas de distanciamento social v�m, prioritariamente, das classes mais abastadas do pa�s. Nesta ter�a-feira, em entrevista � jornalista M�nica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o antigo chefe da sa�de federal relacionou o passado escravocrata brasileiro �s rea��es contr�rias ao isolamento social.

S� quem est� gritando � a Casa Grande, que est� vendo o dinheiro do engenho cair. A Casa Grande arrumou o quarto dela, a despensa est� cheia. Tem o seu pr�prio hospital. Ela lamenta muito o que est� acontecendo, mas quer saber quando o engenho vai voltar a funcionar”, disse, em tom de compara��o.

Na vis�o de Mandetta, as rea��es � doen�a s�o fruto das heran�as culturais inerentes � hist�ria brasileira.

“O componente ind�gena pesou quando tem uma doen�a, os ind�genas vazam para o meio do mato porque sabem que o cont�gio pode ser devastador. Ent�o, a nossa parte ind�gena vazou. A nossa heran�a negra, africana, era obrigada a trabalhar, mesmo doente. Registra que � preciso trabalhar —mas exige seguran�a, prote��o. ‘Opa, estou desprotegido!’ Ele foi e se auto-cuidou. As pessoas est�o criando mecanismos para se cuidar”, destacou.

Abra�o na despedida

O ex-ministro sofreu diversas cr�ticas por permitir ser abra�ado por uma servidora do Minist�rio da Sa�de durante seu �ltimo dia na sede da pasta, em Bras�lia. � Folha, ele reconheceu o erro.

“Na despedida, a gente escolheu um para dar abra�o em nome de todos. Todo mundo queria me abra�ar. Os funcion�rios choravam, foi uma como��o. Escolhemos uma delas para me dar o abra�o em nome de todos. Mas est� errado. Totalmente errado", salientou, admitindo a necessidade das repreens�es sofridas.

A sa�da dele do cargo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na �ltima quinta-feiraO escolhido para substitu�-lo foi Nelson Teich.   

Livro

Mandetta � deputado federal licenciado — foi eleito parlamentar pelo Mato Grosso do Sul. Filiado ao DEM, ele diz que pretende escrever um livro sobre as viv�ncias acumuladas no enfrentamento � pandemia. O ex-ministro diz que n�o pretende abordar temas pol�ticos na obra, mas sim dificuldades enfrentadas pela sa�de brasileira desde o in�cio do surto da infec��o.

Como exemplo, ele citou a empresa chinesa que desistiu de vender respiradores a estados do Nordeste. A opera��o foi cancelada quando os equipamentos estavam no Aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, aguardando transfer�ncia para o Brasil.


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