
“S� quem est� gritando � a Casa Grande, que est� vendo o dinheiro do engenho cair. A Casa Grande arrumou o quarto dela, a despensa est� cheia. Tem o seu pr�prio hospital. Ela lamenta muito o que est� acontecendo, mas quer saber quando o engenho vai voltar a funcionar”, disse, em tom de compara��o.
Na vis�o de Mandetta, as rea��es � doen�a s�o fruto das heran�as culturais inerentes � hist�ria brasileira.
“O componente ind�gena pesou quando tem uma doen�a, os ind�genas vazam para o meio do mato porque sabem que o cont�gio pode ser devastador. Ent�o, a nossa parte ind�gena vazou. A nossa heran�a negra, africana, era obrigada a trabalhar, mesmo doente. Registra que � preciso trabalhar —mas exige seguran�a, prote��o. ‘Opa, estou desprotegido!’ Ele foi e se auto-cuidou. As pessoas est�o criando mecanismos para se cuidar”, destacou.
Abra�o na despedida
O ex-ministro sofreu diversas cr�ticas por permitir ser abra�ado por uma servidora do Minist�rio da Sa�de durante seu �ltimo dia na sede da pasta, em Bras�lia. � Folha, ele reconheceu o erro.“Na despedida, a gente escolheu um para dar abra�o em nome de todos. Todo mundo queria me abra�ar. Os funcion�rios choravam, foi uma como��o. Escolhemos uma delas para me dar o abra�o em nome de todos. Mas est� errado. Totalmente errado", salientou, admitindo a necessidade das repreens�es sofridas.
A sa�da dele do cargo foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na �ltima quinta-feira. O escolhido para substitu�-lo foi Nelson Teich.
Livro
Mandetta � deputado federal licenciado — foi eleito parlamentar pelo Mato Grosso do Sul. Filiado ao DEM, ele diz que pretende escrever um livro sobre as viv�ncias acumuladas no enfrentamento � pandemia. O ex-ministro diz que n�o pretende abordar temas pol�ticos na obra, mas sim dificuldades enfrentadas pela sa�de brasileira desde o in�cio do surto da infec��o.Como exemplo, ele citou a empresa chinesa que desistiu de vender respiradores a estados do Nordeste. A opera��o foi cancelada quando os equipamentos estavam no Aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, aguardando transfer�ncia para o Brasil.