
A sa�da ocorreu ap�s Bolsonaro exonerar Maur�cio Valeixo da diretoria-geral da PF. “Havia uma indisposi��o com o presidente que j� durava algumas semanas. A troca do delegado Valeixo antecipou a decis�o. Ministro nenhum pode ser maior que o presidente da Rep�blica, em qualquer governo, o que era o caso do Moro. Ele � uma figura p�blica que, dentro do governo, gerava dificuldades para Bolsonaro”, opina Viana.
Durante o pronunciamento de despedida, Moro disse que Bolsonaro havia prometido “autonomia”. No comando do minist�rio, ele teria liberdade para preencher cargos de confian�a. Viana diz que, caso as den�ncias feitas por Moro se confirmem, deputados federais e senadores precisam trabalhar para assegurar independ�ncia � Pol�cia Federal.
“As diverg�ncias sobre a Pol�cia Federal vinham marcando o relacionamento ruim entre presidente e ministro. A independ�ncia da Pol�cia Federal � fundamental. Se as den�ncias forem confirmadas, o Congresso deve buscar aprovar, imediatamente, uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que garanta � PF independ�ncia nas investiga��es”, completa.
Ainda segundo ele, o antigo ocupante da pasta da Justi�a pode se tornar uma importante figura da vida pol�tica nacional, com vistas at� mesmo ao pleito presidencial de 2022.
Anastasia e Pacheco exaltam trabalho de Moro
Por meio de notas oficiais, os outros componentes da bancada de Minas Gerais no Senado Federal, Antonio Anastasia (PSD) e Rodrigo Pacheco (DEM), tamb�m comentaram a sa�da de Moro.Vice-presidente do Senado, Anastasia fez men��o � necessidade de dar continuidade �s a��es encampadas pelo Minist�rio da Justi�a, como o Projeto de Lei que permitiu o bloqueio imediato de bens das entidades e pessoas investigadas por lavagem de dinheiro e terrorismo. Ele, contudo, disse compreender a decis�o tomada pelo ex-juiz.
“Imagino que a decis�o do ministro em deixar a pasta n�o tenha sido f�cil, mas concordo que n�o podemos abrir m�o de nossos valores e compromissos e daquilo que acreditamos”, salientou.
Pacheco, por sua vez, classificou a sa�da de Sergio Moro como uma perda para o governo, mas lembrou que o pa�s precisa se unir para enfrentar a pandemia do novo coronav�rus. “Temos que considerar que estamos no meio de uma grav�ssima pandemia, que est� matando pessoas, al�m de uma crise econ�mica muito significativa. Ainda que a demiss�o de Sergio Moro seja muito relevante, precisamos manter o foco. N�o � momento de dividir”.
Bolsonaro quer se aproximar do Legislativo
� reportagem, Carlos Viana afirmou n�o acreditar que a sa�da de Moro trar� preju�zos � rela��o entre Pal�cio do Planalto e Congresso Nacional. Segundo o senador, o presidente da Rep�blica tenta se aproximar dos partidos com representa��o no Poder Legislativo.“Bolsonaro descobriu que n�o se faz pol�tica sozinho. Se voc� n�o souber dialogar, n�o h� como caminhar e o pa�s viver� sobressaltos toda semana. Ao se aproximar dos partidos, o presidente est� conseguindo uma nova base no Congresso”, avaliou.