
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), continua em sua estratagema de buscar a gest�o da crise financeira do estado, agora em meio � pandemia do coronav�rus, buscando selar um acordo com o governo federal.
Privil�gios
Neste fim de semana, Zema reiterou a defesa da postura de Bolsonaro no desdobramento de mais uma crise deflagrada no Pal�cio do Planalto. Dessa vez, o conflito com grande repercuss�o nacional e internacional foi a demiss�o do ex-ministro S�rgio Moro na sexta-feira (24).
O governador mant�m essa posi��o de apoiamento apesar de discord�ncia da dire��o nacional do Novo, por meio de seu presidente, Eduardo Ribeiro.
Para Zema, as cr�ticas a Bolsonaro, conforme mat�ria publicada na Folha de S.Paulo nesse domingo (26), s�o reflexo "de parte de uma classe pol�tica que tem perdido privil�gios" no governo do presidente.
Zema n�o especificou quais seriam essas benesses, dizendo apenas que n�o concorda com os ataques ao presidente. Portanto, justificando mai uma vez o porqu� de n�o ter assinado nenhuma das duas cartas endossadas pelas maioria dos 27 governadores com cr�ticas ao presidente.
Dois dias antes da publica��o dessa entrevista na Folha De S. Paulo, no entanto Zema disse, por meio de sua conta no Twitter que estava "muito triste" com a situa��o desencadeada com a demiss�o do ent�o ministro S�rgio Moro.
A postagem de Zema aconteceu justamente na mesmo dia e antes do pronunciamento de Moro para anunciar que se demitia do cargo de ministro.
Na mesmo tu�te, Zema disse que a independ�ncia das institui��es "� essencial �s democracias''. O governador afirmou ainda que sempre "prezou " pela independ�ncia da Pol�cia Civil .
Muito triste a situa��o por que passa o Brasil hoje. A independ�ncia das institui��es � essencial � democracia. Elas precisam ser fortes, livres de qualquer tipo de press�o. Em Minas, sempre prezei pela autonomia da Pol�cia Civil.
%u2014 Romeu Zema (@RomeuZema) April 25, 2020
Independ�ncia
Na mesma entrevista � Folha de S. Paulo, Zema tamb�m disse que prezava sua independ�ncia ao declarar que se sentia � vontade para criticar ou apoiar o presidente Jair Bolsonaro.
Em mar�o passado, um pouco antes de pagar a �ltima parcela dos sal�rios dos demais servidores p�blicos - Sa�de e Seguran�a j� tinham recebido integralmente-, Zema se reuniu com Bolsonaro para pedir ajuda do governo federal para negociar a antecipa��o de R$ 1,5 bilh�o em cr�dito da explora��o do ni�bio por meio dos bancos estatais - Banco do Brasil, Caixa e BNDES.
Rombo no caixa
Na pauta com o governo federal, a contabilidade do estado que n�o est� fechando, ante uma despesa estimada para este ano de R$ 110, 47 bilh�es.
Antes da pandemia, o Or�amento para 2020, aprovado em dezembro do passado pela Assembleia Legislativa, tamb�m previa um d�ficit para este ano de R$ 13,5 bilh�es.
Hoje, p�s-pandemia, esse rombo no caixa foi acrescido de R$ 7,5 bilh�es, tendo em vista a queda vertiginosa da arrecada��o do principal tributo do estado, o imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), que Zema j� declarou que gira em torno de 70% a partir do pr�ximo m�s.
Diante desse cen�rio, que o governador tenta reverter com medidas de flexibiliza��o do isolamento social, o governador mineiro j� anunciou semana passada que a perspectiva de pagamento dos sal�rios do servidores j� n�o � mais de parcelamento mas de incerteza sobre quando ser� efetivado.