
Em of�cio � Procuradoria nesta ter�a-feira, 28, o general Laerte de Souza Santos, chefe do Colog, tentou justificar o cancelamento das portarias 46, 60 e 61. “Ocorre que, t�o logo publicadas oficialmente as referidas portarias, surgiram in�meros questionamentos e contrapontos levantados por diversos setores da sociedade, especialmente nas m�dias sociais, e da administra��o p�blica em raz�o da tecnicidade do tema”, escreveu o general.
A procuradora Deborah Duprat ainda considerou insuficientes as explica��es e cobrou os nomes dos setores da sociedade que levantaram os questionamentos.
Em outro trecho de seu of�cio, o general argumentou que a revoga��o das normas 46, 60 e 61 buscou aprimorar “pontos” de dif�cil compreens�o pelo p�blico. As explica��es tamb�m n�o convenceram a procuradora. “A afirma��o, no entanto, n�o conta com indica��o de quais seriam esses pontos e, especialmente, sua import�ncia estrutural para fundamentar a revoga��o integral dos tr�s atos normativos”, avaliou Deborah Duprat.
O caso da suposta interfer�ncia de Bolsonaro em atos do Ex�rcito foi revelado pelo jornal O Estado de S�o Paulo na �ltima segunda-feira. Em suas investiga��es, a procuradoria aponta pelo menos quatro atos “infraconstitucionais”, editados pela For�a, desde janeiro de 2020. Dentre esses atos est� a revoga��o de tr�s portarias, que, segundo especialistas, dificultavam acesso do crime organizado a armas e muni��es desviadas de quart�is.
Uma outra investiga��o corre no �mbito da Procuradoria do MPF em Bras�lia. O Comando Log�stico do Ex�rcito encaminhou nesta ter�a-feira, 28, � PFDC, resposta aos questionamentos feitos pelo �rg�o quanto � revoga��o de normas que estabeleciam o rastreamento de armas e muni��es no Brasil.