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Estado de Minas CRIME DE RESPONSABILIDADE

Planalto busca base na C�mara anti-impeachment

A meta de Bolsonaro � reunir uma base que agrupe 173 deputados, n�mero suficiente para barrar qualquer pedido de impeachment


postado em 29/04/2020 07:26 / atualizado em 29/04/2020 07:50

(foto: Wikipedia)
(foto: Wikipedia)

A estrat�gia de Jair Bolsonaro de se aproximar do Centr�o pode dar ao presidente o apoio de um grupo decisivo para seu futuro no cargo. Se tiver de barrar eventual processo de impeachment na C�mara, Bolsonaro precisar� de 172 votos. Hoje, ele n�o tem uma base no Congresso, mas, com a distribui��o de cargos, pode reunir 173 parlamentares - um voto a mais do que o n�mero necess�rio para impedir a abertura de processo.

Dirigentes de partidos que estiveram com Bolsonaro, recentemente, observaram que, com a mudan�a de tratamento e oferta de cadeiras nos segundo e terceiro escal�es, ele conquistou siglas de bancadas m�dias do Centr�o. Com isso, rachou o bloco que dava sustenta��o ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem passou a atacar como principal advers�rio no Congresso.

Com o movimento para sobreviver, Bolsonaro est� de olho nos votos do Progressistas (40 deputados), partido que abrigou dois de seus filhos, PL (39), PSD (37), Republicanos (31), Solidariedade (14) e PTB (12). A soma d� 173, sem levar em conta eventuais defec��es. Al�m disso, o presidente teria pelo menos metade dos votos da bancada do PSL, formada por 53 deputados, com a dissid�ncia de seu antigo partido, que poder� migrar para o Alian�a pelo Brasil.

Bolsonaro tem, ainda, parcela de apoio no MDB (34), na bancada da b�blia, nas frentes evang�lica e cat�lica, e ades�es individuais em partidos como Podemos, Patriota, PSC e outras siglas nanicas.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente, em 16 meses de mandato, � alvo de 31 pedidos de impeachment na C�mara. O n�mero � superior ao de seus antecessores e cresceu ap�s o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro acus�-lo de interfer�ncia pol�tica na Pol�cia Federal. Em outra frente, parlamentares tamb�m tentam tirar do papel uma CPI para apurar as den�ncias.

Maia disse ontem que o momento � de cautela. "Temos uma CPI das Fake News que vai avan�ar, um inqu�rito do ministro Celso de Mello (do Supremo Tribunal Federal) que vai avan�ar e n�s vamos focar nas pautas de combate ao coronav�rus", afirmou ele.

Heran�a


Na pr�tica, o Centr�o comanda a Mesa Diretora da C�mara desde 2015, ano em que o ent�o deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) foi eleito para a presid�ncia da Casa. Cunha acabou preso e condenado por Moro em processo da Lava Jato. Embora a sa�da do "superministro" tenha desgastado Bolsonaro na rela��o com seu eleitorado, l�deres do Centr�o - bloco do qual o pr�prio presidente fez parte no passado, quando era deputado - comemoraram a queda.

Moro e Maur�cio Valeixo, seu bra�o direito na Pol�cia Federal, simbolizavam a heran�a da Lava Jato, uma opera��o que atingiu dezenas de parlamentares e partidos do Centr�o. Bolsonaro se elegeu recha�ando a "velha pol�tica" e, com isso, Maia seguia como interlocutor oficial do grupo no Planalto. N�o ser� mais assim. Diante das crises pol�tica e econ�mica e com o agravamento da pandemia do coronav�rus, Bolsonaro decidiu mudar o modelo de negocia��o com o Congresso e procura cada vez mais isolar Maia.

H� d�vidas sobre qual ser� o comportamento dos partidos de esquerda, principalmente do PT (53), em rela��o �s den�ncias de Moro. A oposi��o quer remover Bolsonaro do Planalto, mas sem beneficiar o ex-juiz da Lava Jato. Moro � algoz do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a quem prendeu e condenou por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.

N�o bastassem essas vari�veis - os votos pr�-Bolsonaro no Centr�o e a m� vontade da oposi��o com Moro -, ainda h� as dificuldades impostas pela covid-19. Com o isolamento social, o impedimento do presidente dependeria de uma convoca��o para reuni�o presencial por parte de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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