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Estado de Minas FALA POL�MICA

Bolsonaro j� havia dito n�o fazer 'milagre' ap�s fogo em museu

Em 2018, durante a corrida eleitoral, presidente usou o 'Messias', seu nome do meio, para ironizar inc�ndio no Museu Nacional


postado em 29/04/2020 15:32 / atualizado em 29/04/2020 20:03

Indagado sobre mortes por coronavírus no país, Bolsonaro disse que não faz 'milagre'.(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Indagado sobre mortes por coronav�rus no pa�s, Bolsonaro disse que n�o faz 'milagre'. (foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)


“E da�? Lamento, quer que fa�a o qu�? Eu sou Messias, mas n�o fa�o milagre”. Assim o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiu, nessa ter�a-feira, ao ser perguntado sobre o fato de o Brasil ter ultrapassado a China em mortes causadas pelo novo coronav�rus. Bolsonaro j� havia dito n�o ter “como fazer milagre” ap�s o inc�ndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, ocorrido em setembro de 2018, pouco mais de um m�s antes do primeiro turno da elei��o presidencial.

O mesmo expediente foi utilizado para comentar o desempenho do pa�s em um ranking educacional feito pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). Nas ocasi�es, utilizou o nome do meio — ele se chama Jair Messias Bolsonaro — para construir as ironias.

Ainda candidato ao Pal�cio do Planalto, pelo PSL, Bolsonaro minimizou o inc�ndio que destruiu o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro. “E da�? J� est� feito, j� pegou fogo, quer que fa�a o qu�? O meu nome � Messias, mas eu n�o tenho como fazer milagre”, pontuou, � �poca.

Nessa ter�a, o presidente argumentou que nada pode fazer em rela��o �s baixas em decorr�ncia da infec��o. “E da�? Lamento, quer que fa�a o qu�? Eu sou Messias, mas n�o fa�o milagre. As mortes de hoje, a princ�pio, foram de pessoas infectadas h� duas semanas. � o que eu digo para voc�s: infelizmente o v�rus vai atingir 70% da popula��o. � a realidade. Mortes ningu�m negou que haveria”, afirmou.

Segundo o Dicion�rio InFormal, plataforma online que re�ne palavras e express�es cujos significados n�o s�o encontrados nos dicion�rios comuns, o termo “E da�?”, presente na fala sobre o museu e, ainda, na declara��o relacionada ao avan�o da COVID-19 em territ�rio nacional, representa “indiferen�a”. Trata-se, portanto, de resposta a algo que, na vis�o do interlocutor, n�o tem grande import�ncia.

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro visitou o Tocantins. Durante um discurso, em que chegou a afirmar que os alunos da maioria das universidades do pa�s “fazem tudo, menos estudar”, o presidente tamb�m disse que, embora tenha Messias no nome, n�o � milagreiro.

“Qual o futuro nosso? O que nos espera l� na frente? O Brasil n�o vai sair do buraco por causa de uma pessoa s�. O meu nome � Messias tamb�m, mas n�o fa�o milagre”, alegou, completando coment�rio sobre o resultado do Brasil na Prova Internacional do Estudante (Pisa).

"N�o sou coveiro"

O chefe do Executivo deu outras declara��es pol�micas durante a pandemia. No �ltimo dia 20, tamb�m ao comentar os �bitos causados pela infec��o, ele disse n�o ser “coveiro”

Ao ser indagado sobre o tema, o presidente disse, por duas vezes, n�o ser “coveiro”. "�, cara, quem fala de... Eu n�o sou coveiro, t� certo?", disse o chefe do Executivo, interrompendo um jornalista que tentava perguntar sobre as baixas ocasionadas pela COVID-19. Diante da segunda tentativa do profissional, Bolsonaro ratificou: "N�o sou coveiro, t�?".

“Vai morrer gente”

No dia 29 de mar�o, Bolsonaro disse, ap�s um passeio por vias p�blicas de Bras�lia e cidades ao redor da capital federal, que era preciso enfrentar o v�rus “como homem”. � ocasi�o, ele chegou a afirmar, ainda, que todos v�o “morrer um dia”.

"Temos o problema do v�rus, ningu�m nega isso a�. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego � essencial. Essa � uma realidade. O v�rus est� a�, vamos ter de enfrent�-lo, mas enfrentar como homem, p�, n�o como moleque. Vamos enfrentar o v�rus com a realidade. � a vida, todos n�s vamos morrer um dia”, salientou.

No dia seguinte, ao se encontrar com apoiadores na porta do Pal�cio Alvorada, o presidente voltou a tratar, sem rodeios, das perdas causadas pelo coronav�rus. “Vai morrer gente. N�s temos dois problemas: o v�rus e o desemprego, e n�s temos que tratar os dois com responsabilidade”, argumentou.


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