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Estado de Minas SEM CITAR FONTES

Bolsonaro publica supostas diretrizes da OMS sobre masturba��o e rela��es homossexuais para crian�as

Mais uma vez, presidente citou n�meros sem declarar a fonte


postado em 29/04/2020 22:00 / atualizado em 29/04/2020 23:11

Jair Bolsonaro, presidente da República(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro, presidente da Rep�blica (foto: Ant�nio Cruz/Ag�ncia Brasil)
O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), publicou, na noite desta quarta-feira, em seu Facebook, uma lista de supostas “diretrizes para pol�ticas educacionais” da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) em que aparecem recomenda��es sobre masturba��o e rela��es homossexuais para crian�as de 0 a 6 anos.

A publica��o, que n�o cita a fonte dos supostos dados, ficou poucos minutos na rede social de Bolsonaro e, em seguida, foi apagada. Veja abaixo o que dizia o post do presidente:

Essa � a OMS que muitos dizem que devo seguir no caso do coronav�rus. Dever�amos ent�o seguir tamb�m suas diretrizes para pol�ticas educacionais?

Para crian�as de 0 a 4 anos de idade:
- satisfa��o e prazer ao tocar o pr�prio corpo *masturba��o*
- expressar suas necessidades e desejos, por exemplo, no contexto de *brincar de m�dico*
- as crian�as t�m sentimentos sexuais mesmo na primeira inf�ncia.

Para crian�as de 4 a 6 anos de idade:
- uma identidade de g�nero positiva;
- gozo e prazer ao tocar o pr�prio corpo;
- masturba��o na primeira inf�ncia;
- rela��es entre pessoas do mesmo sexo.

Para crian�as de 9 a 12 anos:
- primeira experi�ncia sexual.”

Guerra contra a OMS

Desde o in�cio da pandemia de COVID-19, Bolsonaro – contr�rio ao isolamento social recomendado pelos �rg�os de sa�de – tem distribu�do ataques a prefeitos, governadores, deputados e ministros que defendem a quarentena. Tamb�m tem lan�ado ofensivas � OMS.

Na semana passada, durante uma live tamb�m pelo Facebook, Bolsonaro desdenhou das orienta��es da Organiza��o Mundial de Sa�de, usando o argumento de que o presidente da entidade n�o � m�dico. O et�ope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, � bi�logo, com mestrado em Imunologia e Doen�as Infecciosas (Universidade de Londres) e doutorado em Filosofia e Sa�de Comunit�ria (Universidade de Nottingham, Reino Unido). Foi ministro da Sa�de e das Rela��es Exteriores da Eti�pia, presidente do Conselho Executivo da Uni�o Africana, presidente do Fundo Global de Combate � Aids, Tuberculose e Mal�ria, al�m de acumular outras diversas experi�ncias ligadas � �rea da sa�de.

No dia 31 de mar�o, Bolsonaro distorceu uma declara��o do diretor da OMS sobre a volta ao trabalho de trabalhadores informais. Naquela ocasi�o, Bolsonaro disse que o chefe da Organiza��o estaria “associado” ao seu posicionamento sobre o fim da quarentena.

Entretanto, Bolsonaro omitiu o trecho em que o diretor da entidade explicou que seria preciso que os governos dos pa�ses garantam assist�ncia �s pessoas que ficaram sem renda durante o isolamento recomendado pela pr�pria OMS.

Ap�s a pol�mica, Tedros Adhanom se manifestou pelo Twitter, refor�ando a afirma��o de que as pessoas devem seguir em isolamento e que aqueles que ficarem sem rendimentos sejam assistidos por pol�ticas sociais governamentais.

Publica��es sem checagem

Os posts sem checagem de veracidade e sem cita��o de fonte s�o frequentes nas redes sociais do presidente. No in�cio do m�s, ele admitiu que ‘mordeu a isca’ ao compartilhar no Twitter um v�deo com informa��es falsas sobre o desabastecimento na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa). Depois de tamb�m apagar o v�deo, Bolsonaro se desculpou pelo ocorrido.

“Fui eu quem publiquei. J� me desculpei. Isso acontece”, disse o presidente em entrevista � R�dio Jovem Pan, no dia 2 de abril.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro foi obrigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a remover seis postagens de suas redes sociais em que fazia cr�ticas ao livro Aparelho Sexual e Cia. O ent�o candidato afirmava que a obra integraria material do projeto ‘Escola sem Homofobia’, chamado pelos cr�ticos de ‘kit gay’, que, segundo ele seria distribu�do em escolas p�blicas na �poca em que Fernando Haddad (PT), tamb�m candidato � Presid�ncia, comandava o Minist�rio da Educa��o.

� �poca, o Minist�rio da Educa��o (MEC) afirmou que n�o produziu nem adquiriu o referido livro. Aparelho Sexual e Cia., na realidade, � um livro escrito pela francesa H�l�ne Bruller e publicado em dez idiomas.

Segundo o servi�o de checagem de fatos da Ag�ncia P�blica, o material do ‘Escola sem Homofobia’ – composto por um caderno e pe�as impressas e audiovisuais – n�o foi criado por Haddad, e sim encomendado pela Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara dos Deputados ao MEC e elaborado por um grupo de ONGs especializadas, em conformidade com as diretrizes de um programa do governo federal lan�ado anteriormente, em 2004.


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