
A retirada compuls�ria do corpo diplom�tico venezuelano tinha sido determinada por ato do presidente Bolsonaro e do ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo. O governo brasileiro havia estipulado at� este s�bado, 2, a sa�da dos diplomatas do governo Nicol�s Maduro. A Venezuela se recusa a cumprir a decis�o alegando "press�es desnecess�rias" do Planalto.
No in�cio de 2019, Bolsonaro reconheceu a "presid�ncia autoproclamada" de Juan Guaid�, presidente da Assembleia Nacional, de maioria opositora, que teve suas prerrogativas anuladas pela Justi�a controlada por Maduro. Bolsonaro criticou neste s�bado a decis�o do ministro Lu�s Roberto Barroso.
A pedido de deputado
Um sua decis�o, Barroso atendeu a um pedido do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e concedeu liminar por considerar que pode ter ocorrido "viola��o a normas constitucionais brasileiras, a tratados internacionais de direitos humanos e �s conven��es de Viena sobre Rela��es Diplom�ticas e Consulares".A suspens�o vale por 10 dias e o ministro requisitou, neste per�odo, que Bolsonaro e o ministro Ernesto Ara�jo prestem informa��es sobre a expuls�o. Na avalia��o do ministro, a decis�o era urgente em raz�o da pandemia da covid-19. Para ele, a ordem de sa�da imediata "viola raz�es humanit�rias m�nimas" porque os integrantes do corpo diplom�tico "n�o representam qualquer perigo iminente".
Mais um rev�s no Supremo
A decis�o de Barroso marca mais um rev�s que o Supremo imp�e ao governo Bolsonaro. Nas �ltimas semanas, o presidente virou alvo de inqu�rito aberto por determina��o de Celso de Mello, viu a nomea��o de Alexandre Ramagem para a dire��o-geral da Pol�cia Federal ser suspensa por Alexandre de Moraes e foi proibido de veicular qualquer campanha contra o distanciamento social por decis�o do pr�prio Barroso.O procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, j� havia recomendado na sexta-feira, dia 1º, ao ministro das Rela��es Exteriores, que suspendesse a medida, para evitar riscos f�sicos e ps�quicos aos envolvidos.