Al�m da suposta press�o que o presidente Jair Bolsonaro teria feito sobre Moro para trocar o comando da Pol�cia Federal (PF), o v�deo tamb�m conteria o registro de um desentendimento entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho.
O argumento, no entanto, contraria declara��o do pr�prio presidente. Segundo revelou na semana passada, os encontros do primeiro escal�o s�o filmados e os arquivos ficam guardados em um cofre. Na ocasi�o, Bolsonaro chegou a afirmar que divulgaria o v�deo da reuni�o com Moro, mas depois desistiu. "�ltimo conselho que tive � n�o divulgar para n�o criar turbul�ncia", afirmou.
Um dos motivos do recuo seria o desentendimento de Guedes e Marinho sobre gastos p�blicos para incentivar a retomada da economia ap�s o fim da pandemia da coronav�rus. Neste mesmo encontro, o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, teria feito cr�ticas ao ministro do STF.
Na ter�a-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, mandou o Pal�cio Planalto apresentar, em 72 horas, as c�pias da reuni�o entre Bolsonaro e o primeiro escal�o do governo do dia 22 de abril, dois dias antes da demiss�o de Moro. A ordem do decano tamb�m obriga o governo a preservar a integridade do conte�do da grava��o.
Secom
A grava��o est� atualmente sob responsabilidade do secret�rio de Comunica��o, Fabio Wajngarten. Citado pelo site Antagonista como o respons�vel por ter formatado o cart�o de mem�ria da reuni�o do dia 22, o chefe da assessoria especial da Presid�ncia, C�lio Faria J�nior, negou que tenha ficado com a grava��o. "N�o � da minha compet�ncia gravar, manter, ou trabalhar qualquer tipo de m�dia na Presid�ncia da Rep�blica. Essa compet�ncia � da Secom (Secretaria Especial de Comunica��o)", disse.
Questionado se a grava��o citada por Moro ainda existe, o chefe da assessoria de Bolsonaro voltou a citar a �rg�o comandado por Wajngarten. "N�o � da minha compet�ncia. Se existe ou n�o quem pode responder � a Secom", disse.
Questionada sobre a exist�ncia do v�deo e protocolos sobre grava��o e armazenamento das reuni�es ministeriais, a Secom informou apenas que "o Planalto n�o comentar�".