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Estado de Minas CORONAV�RUS

Com Bolsonaro no STF, empres�rio diz: 'Haver� mortes de CNPJ'

Declara��o diante de Toffoli foi bastante criticada nas redes sociais, at� mesmo pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz


postado em 07/05/2020 14:53 / atualizado em 07/05/2020 15:35

(foto: Reprodução/ Facebook)
(foto: Reprodu��o/ Facebook)

Em reuni�o com o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), e o do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, um empres�rio disse, na manh� desta quinta-feira (7), que se nada for feito para salvar a economia durante a pandemia de coronav�rus, “haver� mortes de CNPJs”. A declara��o gerou rea��es de v�rias pessoas nas redes sociais, inclusive de deputados e do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

“A popula��o n�o pode mais cair em provoca��es que op�em dois valores e colocam o brasileiro para brigar. Racioc�nios pobres, argumentos rasos, met�foras incab�veis. CNPJ na UTI? J� s�o mais de 8 mil CPFs perdidos, sem chance de recupera��o! N�o validemos este debate lun�tico”, defendeu Santa Cruz em sua conta no Twitter.



O deputado Marcelo Freixo (PSOL/RJ), que integra a oposi��o ao governo Bolsonaro tamb�m criticou a frase: “Empres�rio mais preocupado com CNPJ do que com gente. Ministro da Sa�de reclamando do uso de leitos privados por doentes do SUS. Prefeito arriscando a vida de dom�sticas para agradar a patr�es. Fundador da XP desprezando mortes nas favelas. N�o � s� contra o corona que estamos lutando”, reagiu. 

Frase foi dita em reunião no STF, na manhã desta quinta-feira(foto: Reprodução/ Facebook )
Frase foi dita em reuni�o no STF, na manh� desta quinta-feira (foto: Reprodu��o/ Facebook )


A frase foi dita quando o empres�rio (ainda n�o identificado) explicava para Toffoli a necessidade de abrir o com�rcio. 

“Vou plagiar o ministro Paulo Guedes: nos sinais vitais, a ind�stria est� rodando a 40 dos 100 poss�veis do sinais vitais . O ambiente econ�mico produziu o socorro �s pessoas  e �s empresas na medida que foi poss�vel. Agora, quando terminar o socorro �s pessoas, as empresas v�o estar fragilizadas, disse o empres�rio do setor de brinquedos.

Ele ainda frisou que o grupo de empres�rios que o acompanhava era respons�vel por 30 milh�es de empregos.

O empres�rio continuou: “O que a gente n�o queria � que, por conta de ter estado junto no combate a pandemia, o meu cora��o que est� batendo a 40, eu n�o consigo retomar, os funcion�rios caem de novo na nossa folha. A� eu tenho um inimigo l� fora que � meu advers�rio comercial, prontinho para suprir o mercado interno. A� ent�o haver� a morte de CNPJ”, finalizou.

Conforme o �ltimo boletim do Minist�rio da Sa�de, de quarta-feira, o Brasil registra 8.536 mortes por COVID-19 e 125.218 casos positivos da doen�a. V�rios estados j� est�o com taxas de ocupa��o de UTIs  pr�ximas de 100% e em algumas cidades a situa��o est� fora de controle. Na capital do Amazonas, Manaus, devido ao crescente n�mero de mortos, o setor funer�rio luta para n�o entrar em colapso.

A situa��o tamb�m � grav�ssima em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Cear� e Pernambuco, estados com maior n�mero de casos da COVID-19. Em S�o Lu�s, no Maranh�o, e em Bel�m, no Par�, governadores j� optaram por declarar o lockdown (fechamento total do com�rcio), para conter o avan�o da doen�a.

Conforme dados da universidade americana Johns Hopkins, o Brasil � o sexto pa�s com maior n�mero de mortes por coronav�rus e o nono em n�mero de casos. Vale ressaltar que o total de testes no pa�s ainda � muito menor do que os realizados em outros pa�ses.

Reuni�o 

Nesta manh�, acompanhado de empres�rios de v�rios setores, o presidente Jair Bolsonaro atravessou a Pra�a dos Tr�s Poderes em Bras�lia a p� para uma reuni�o no gabinete do presidente do STF. O encontro foi marcado de �ltima hora e n�o estava previsto na agenda do ministro Dias Toffoli.

A reuni�o foi  transmitida ao vivo pelas redes sociais de Jair Bolsonaro, que pediu ao presidente do STF ajuda para amenizar as medidas restritivas nos estados.Toffoli, por�m, reiterou a autonomia dos estados e munic�pios para decidir medidas de isolamento social e sugeriu que ele dialogasse com governadores e prefeitos.

Bolsonaro ainda estava acompanhado de ministros, entre os quais, Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil, Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, e Paulo Guedes, da Economia.

O senador e filho do presidente da Rep�blica, Fl�vio Bolsonaro (Republicanos/RJ), e o deputado H�lio Lopes (PSL/RJ) tamb�m faziam parte do grupo.

*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Eduardo Murta


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