
A Pol�cia Federal indiciou o deputado federal e ex-governador de Minas Gerais, A�cio Neves (PSDB-MG), e mais 11 representantes de empreiteiras, pelos crimes de corrup��o ativa, corrup��o passiva, desvio de recursos p�blicos e falsidade ideol�gica supostamente cometidas durante a constru��o da Cidade Administrativa, sede do governo. O preju�zo aos cofres p�blicos � estimado em R$747 milh�es.
A informa��o foi divulgada inicialmente pelo G1.
Segundo o relat�rio da PF, a licita��o da obra foi dirigida para que um grupo espec�fico de empreiteiras sa�sse vencedor. A pol�cia tamb�m investiga prov�veis contrata��es fict�cias, de empresas que n�o prestaram servi�os.
A obra da Cidade Administrativa foi or�ada, inicialmente, em R$ 900 milh�es, mas o custo real passou de R$1,8 bilh�o, segundo o Tribunal de Contas do Estado.
Defesa de A�cio
O deputado A�cio Neves se manifestou por meio de nota, elaborada por seus advogados de defesa, afirmando que “a conclus�o da autoridade policial � absurda e contraria as investiga��es da pr�pria PF que, depois de mais de tr�s anos de investiga��es, n�o encontrou nada que comprometesse a atua��o do Deputado A�cio Neves. A obra foi acompanhada por auditoria independente e seu edital apresentado ao TCE e ao Minist�rio P�blico que n�o apontaram qualquer irregularidade. Sequer os aditivos de pre�o autorizados por lei foram praticados � �poca. A defesa confia que a Justi�a comprovar� o absurdo da acusa��o”.
Empreiteiras
O nome de A�cio Neves foi associado a um esquema de desvio de dinheiro das obras pelo executivo da Odebrecht, S�rgio Neves em uma dela��o premiada no final de 2016.
Segundo o depoimento de S�rgio, Oswaldo Borges, � �poca presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), determinou que 3% de um contrato de R$ 360 milh�es firmado pelo estado com a Odebrecht, Queiroz Galv�o e OAS fossem destinados para financiar futuras campanhas pol�ticas de A�cio.
Al�m do desvio, havia a determina��o para que as construtoras Cowan e Alicerce, ambas de Belo Horizonte, deveriam ser beneficiadas, sendo contratadas, mas sem prestar nenhum servi�o.