Bolsonaro convoca empres�rios a 'jogar pesado' contra Doria para evitar lockdown

O presidente Jair Bolsonaro estimulou nesta quinta-feira (14) o empresariado a "jogar pesado" com o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, para evitar o lockdown no estado como medida de combate ao novo coronav�rus. Em videoconfer�ncia promovida pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Bolsonaro disse que h� "uma guerra" e disse que existe uma tentativa pol�tica de tentar quebrar a economia para atingir o seu governo.

"O que parece que est� acontecendo parece uma quest�o pol�tica, tentando quebrar a economia para atingir o governo", disse o presidente.

Bolsonaro criticou as medidas de lockdown que passaram a ser consideradas por Doria, um de seus principais advers�rios pol�ticos. S�o Paulo tem 54.296 casos confirmados de novo coronav�rus e 4.315 mortes.

"Um homem est� decidindo o futuro de S�o Paulo, o futuro da economia do Brasil. Os senhores, com todo o respeito, tem que chamar o governador e jogar pesado, porque a quest�o � s�ria, � guerra. � o Brasil que est� em jogo, se continuar o empobrecimento da popula��o daqui a poucos seremos iguais na mis�ria", disse

O presidente defendeu a abertura r�pida do mercado e provid�ncias imediatas para evitar consequ�ncias como possibilidade de "caos", "saques" e "desobedi�ncia civil". Segundo o presidente, neste caso n�o adiantar� convocar as For�as Armadas porque n�o haver� militares suficientes para atuar na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

"L� na frente, eu tenho falado at� com o ministro Fernando (Azevedo), da Defesa, os problemas v�o come�ar a acontecer, de caos, saques de supermercado, desobedi�ncia civil. N�o adianta querer convocar as For�as Armadas que n�o vamos ter gente para tanta GLO. N�o existe gente para tanta GLO. E o povo vai estar na rua, em grande parte, por estar passando fome. E homem com fome n�o tem raz�o, ele perde a raz�o", disse.

Bolsonaro citou o decreto no qual incluiu academias, sal�es de beleza e barbearia na lista de servi�os essenciais. Na semana passada, o presidente j� havia incluindo na rela��o a constru��o civil e atividades industriais.

"Tem governador falando que n�o vai cumprir. Eles est�o partindo para a desobedi�ncia civil. Se algu�m n�o concorda com um decreto meu, tem dois caminhos: um projeto de decreto legislativo no Congresso, para tornar sem efeito o meu decreto, ou a��o na Justi�a, e n�o (apenas) 'n�o v�o cumprir'", disse.