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Estado de Minas INTERFER�NCIA NA PF

'Reuni�o sigilosa' de Bolsonaro teve 40 pessoas, incluindo assessores e t�cnicos

Preocupa��o com seguran�a das conversas sigilosas n�o era tamanha


postado em 15/05/2020 19:15 / atualizado em 15/05/2020 19:30

Reunião ministerial do 22 de abril, a última com a participação com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, foi presenciada por ao menos 40 pessoas(foto: Marcos Corrêa/PR)
Reuni�o ministerial do 22 de abril, a �ltima com a participa��o com o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro, foi presenciada por ao menos 40 pessoas (foto: Marcos Corr�a/PR)
Tratada agora como sigilosa pelo governo de Jair Bolsonaro, a reuni�o ministerial do 22 de abril, a �ltima com a participa��o com o ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro, foi presenciada por ao menos 40 pessoas. Os "segredos de Estado", conforme alega o governo, foram conversados na presen�a de todo o primeiro escal�o, presidentes de bancos p�blicos, assessores especiais, ajudantes de ordens, cinegrafista e fot�grafo. A quantidade de pessoas pode ser conferida nas imagens divulgadas pelo Pal�cio do Planalto.

Os detalhes deste encontro est�o sendo averiguados no inqu�rito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a acusa��o de Moro de que o presidente Bolsonaro tentou intervir no comando da Pol�cia Federal. O governo quer que apenas parte da reuni�o seja divulgada.

Ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Augusto Heleno, argumentou que divulgar que o v�deo na �ntegra da reuni�o, que agora � alvo de inqu�rito, � "quase um atentado � seguran�a nacional". "Pleitear que seja divulgado, inteiramente, o v�deo de uma reuni�o ministerial, com assuntos confidenciais e at� secretos, para atender interesses pol�ticos, � uma ato impatri�tico, quase um atento � seguran�a nacional", escreveu no Twitter na quarta-feira, 14.

Para evitar a divulga��o do v�deo, a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) alegou, na semana passada, "assuntos potencialmente sens�veis e reservados de Estado". O presidente tem adotado o mesmo discurso, dizendo que n�o h� problemas em divulgar o trecho alvo de investiga��o, mas alega que "assuntos comerciais, de rela��es internacionais e quest�es pessoais" se mantenham em sigilo.

Entretanto, at� o inqu�rito envolvendo o ex-ministro da Justi�a, a preocupa��o com seguran�a das conversas sigilosas n�o era tamanha. Durante os conselhos de ministros, gar�ons da Presid�ncia tamb�m entram na sala para servir �gua e caf� no in�cio e, eventualmente, retornam � sala para repor as bebidas. Nesses encontros, t�cnicos de som, respons�vel pela opera��o dos microfones, tamb�m costumam ter acesso ao local.

Al�m dos ministros e assessores sentados � mesa, uma foto ampla mostra cinco pessoas em p�. Em outra imagem, � poss�vel verificar que o porta-voz da Presid�ncia, Ot�vio R�go Barros, e outros tr�s assessores est�o sentados em uma outra fileira de cadeiras, encostada na parede.

O cuidado mais evidente ficava por conta dos celulares. Nestas ocasi�es, para evitar vazamentos, todos os participantes s�o obrigados a deixar o celular do lado de fora da sala. O �nico que costuma ser exce��o � o ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Augusto Heleno. J� o telefone do presidente costuma ficar nas m�os de um ajudante de ordens.

Os encontros eram gravados na �ntegra e armazenados pela Secretaria de Comunica��o com conhecimento do presidente, que eventualmente publica trechos em suas redes sociais.

"Nossa reuni�o � filmada e fica no cofre l� o chip", comentou Bolsonaro no dia 28 de abril - na �poca, ele mesmo sugeriu a divulga��o do v�deo. "Mandei legendar e vou divulgar. Tirem as conclus�es de como eu converso com os ministros."

Ap�s a investiga��o, o governo passou a alegar que apenas trechos eram gravados para a divulga��o, mas, por fim, entregou o conte�do da �ntegra da reuni�o do dia 22 de abril atendendo ao pedido do ministro Celso de Mello, do STF.

O caso est� for�ando uma mudan�a nos procedimentos dessas reuni�es. O presidente afirmou que agora privilegiar� as conversas individuais com os ministros e passar� adotar um caf� da manh� mensal para "confraterniza��o." A tend�ncia agora � que as reuni�es com ministros deixem de ser filmadas, como j� ocorreu na �ltima ter�a-feira no Pal�cio da Alvorada.


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