Um dia ap�s a confirma��o de que seu secret�rio de Desenvolvimento Econ�mico, Lucas Trist�o, encontrou-se j� durante a quarentena com o empres�rio M�rio Peixoto, preso na �ltima quinta-feira (14) sob acusa��o de fraudar contratos na �rea da Sa�de, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta ter�a-feira (19) que n�o � "fiscal" de secret�rios nem vai "ficar perguntando" o que cada secret�rio faz na vida pessoal.
"Eu n�o sou fiscal da vida pessoal do secret�rio. Ele � secret�rio de Desenvolvimento Econ�mico, ele vai � Firjan, vai � Fecom�rcio, ele janta com empres�rios. Se amanh� ou depois qualquer um desses empres�rios for preso, qual � a responsabilidade que n�s temos em rela��o a isso?", questionou. "Cada um que responda por seus atos. Eu n�o vou ficar perguntando se ele frequenta a casa de A, B, C ou D", afirmou Witzel, durante entrevista coletiva concedida para apresentar o novo secret�rio de Sa�de, Fernando Ferry.
Questionado sobre sua pr�pria liga��o com o empres�rio M�rio Peixoto, Witzel afirmou que "n�o tem liga��o nenhuma, trata todos os empres�rios de forma institucional" e disse que vai processar o autor de uma acusa��o a respeito de suposta liga��o dele com Peixoto.
Questionado sobre a raz�o de ter revogado, em 23 de mar�o, uma decis�o que proibia o Instituto Unir Sa�de (organiza��o social que tem M�rio Peixoto como s�cio oculto) de contratar com o Estado, tomando decis�o contr�ria a dois pareceres jur�dicos do pr�prio governo estadual, Witzel disse que esse tipo de recurso fica sujeito ao livre convencimento do governador. "Fiz como governador o que fiz por 17 anos como juiz. Motivei minhas decis�es conforme os ditames constitucionais, o princ�pio da persuas�o racional segundo as provas dos autos", afirmou.
O secret�rio Fernando Ferry ocupou o lugar de Edmar Santos, que ap�s v�rias den�ncias de contratos irregulares firmados pela secretaria estadual de Sa�de durante sua gest�o foi exonerado, mas transferido para outra secretaria, uma pasta extraordin�ria respons�vel por auxiliar no combate � covid-19. Witzel afirmou que a "experi�ncia" adquirida por Santos deveria ser aproveitada pelo Estado, da� t�-lo alocado em outra pasta.
A principal cr�tica ao governo quanto � pandemia � a demora na conclus�o dos hospitais de campanha, pelos quais o Estado j� pagou R$ 256,5 milh�es � organiza��o social Iabas, que ainda n�o concluiu nenhuma das unidades - alguns hospitais est�o trabalhando parcialmente. Perguntado por uma rep�rter sobre o mau desempenho dessa organiza��o social, Witzel afirmou que "a sua indigna��o � a minha indigna��o". O governador afirmou que exigiu um cronograma para a entrega dos hospitais e vai cobrar o cumprimento, sob pena de punir a organiza��o social e declar�-la inabilitada para novos contratos com o Poder P�blico. Na quarta-feira a organiza��o social deve apresentar o tal cronograma.
Witzel deixou claro que n�o pretende restringir as medidas de isolamento no Estado. Segundo ele, lockdown � um termo gen�rico que indica isolamento, de diferentes graus. "Estamos em lockdown desde 13 de mar�o, quando eu decretei as primeiras medidas restritivas", afirmou. Agora, segundo ele, cabe aos prefeitos avaliar a situa��o em seus munic�pios e ampliar ou n�o o isolamento.
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POL�TICA
Witzel: n�o sou 'fiscal' de secret�rio que se reuniu com empres�rio preso no Rio
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