
A Cinemateca Brasileira, cujo comando foi prometido a Regina Duarte, � respons�vel por preservar a mem�ria do cinema nacional e est� sediada em S�o Paulo. A efetiva��o da atriz no cargo, por�m, n�o deve ocorrer com tanta facilidade. Isso porque, desde mar�o de 2018, a institui��o passou do controle do governo federal para o da Associa��o de Comunica��o Educativa Roquette Pinto (Acerp), uma organiza��o social vinculada ao Minist�rio da Educa��o.
O contrato de gest�o, vigente at� 2021, transferiu para a Acerp o comando integral dos n�cleos de Preserva��o, Documenta��o e Pesquisa, Difus�o, Administra��o e Tecnologia da Informa��o da Cinemateca. Dessa forma, caso realmente queira cumprir com a palavra e entregar a institui��o a Regina, o presidente Jair Bolsonaro ter� de achar uma sa�da jur�dica, seja contratando a artista para um cargo de confian�a ou reincorporando a Cinemateca ao governo federal.
Um dos cargos de confian�a do �rg�o � o de coordenador geral, hoje ocupado pela curtametragista Olga Futemma, graduada em cinema e mestre em meios e processos audiovisuais pela Universidade de S�o Paulo (USP). Ela est� h� 36 anos na Cinemateca, tendo passado por fun��es como t�cnica de acervo, coordenadora do Centro de Documenta��o e Pesquisa e diretora-adjunta, al�m de coordenadora geral.
Em 2019, o Minist�rio da Educa��o rompeu com a Acerp e n�o renovou com a organiza��o social, principalmente para dar fim � TV Escola, que era produzida pela associa��o. O contrato da Cinemateca, contudo, n�o foi afetado e permanece em vigor porque s� vence no ano que vem.
De todo modo, a institui��o j� n�o recebe mais recursos do Executivo. Da previs�o or�ament�ria de R$ 13 milh�es para 2019, por exemplo, foram repassados apenas R$ 7 milh�es � Acerp. Neste ano, nenhuma verba foi disponibilizada � organiza��o, que tem usado a pr�pria economia para manter a Cinemateca.
Um rico acervo
A Cinemateca Brasileira � a mais antiga institui��o de cinema do Brasil, respons�vel pela preserva��o do maior acervo audiovisual da Am�rica Latina.
Exerce tamb�m atividades de restauro e preserva��o da produ��o cinematogr�fica nacional, cujo acervo conta com cerca de 245 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais.
Ainda comp�em o patrim�nio da entidade cerca de 1 milh�o de documentos relacionados � �rea do audiovisual, como livros, roteiros, peri�dicos, recortes de imprensa, documentos pessoais doados, cartazes, fotografias e desenhos.
A Cinemateca possui registros rar�ssimos, como a cole��o de imagens da extinta TV Tupi, primeira emissora brasileira, inaugurada em 1950, que a institui��o herdou em 1985 — s�o 180 mil rolos de filmes em 16 mil�metros com reportagens hist�ricas dos telejornais da �poca.
Exerce tamb�m atividades de restauro e preserva��o da produ��o cinematogr�fica nacional, cujo acervo conta com cerca de 245 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais.
Ainda comp�em o patrim�nio da entidade cerca de 1 milh�o de documentos relacionados � �rea do audiovisual, como livros, roteiros, peri�dicos, recortes de imprensa, documentos pessoais doados, cartazes, fotografias e desenhos.
A Cinemateca possui registros rar�ssimos, como a cole��o de imagens da extinta TV Tupi, primeira emissora brasileira, inaugurada em 1950, que a institui��o herdou em 1985 — s�o 180 mil rolos de filmes em 16 mil�metros com reportagens hist�ricas dos telejornais da �poca.