
"O presidente se assessorava ou se cercava de outros profissionais m�dicos. Eu me lembro de quando - no final de um dia de reuni�o de conselho ministerial - me pediram para entrar numa sala e estavam l� um m�dico anestesista e uma m�dica imunologista, que estavam com a reda��o de um prov�vel ou futuro, ou alguma coisa do g�nero, um decreto presidencial... E a ideia que eles tinham era de alterar a bula do medicamento na Anvisa, colocando na bula indica��o para COVID-19", afirmou Mandetta em entrevista.
Na ocasi�o, o ex-ministro disse que o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres estava no encontro.
"O pr�prio presidente da Anvisa se assustou com aquele caminho, disse que n�o poderia concordar. Eu simplesmente disse que aquilo n�o era uma coisa s�ria e que eu n�o iria continuar naquilo dali, que o palco daquela discuss�o tem que ser no Conselho Federal de Medicina", disse Mandetta.
Ele ainda completou: "Ent�o, � l� que esse debate tem que se dar. N�o adianta fazer um debate de uma pessoa que seja especialista na �rea que for, com um presidente da Rep�blica que n�o � m�dico."
'Muito distante do minimamente razo�vel'
Ele tamb�m disse que leu o protocolo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a amplia��o do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina e considerou o texto “muito distante do minimamente razo�vel.”
Ele afirmou que "n�o existe nenhum estudo que aponta uso ambulatorial. Li agora o que foi escrito. Achei que tentaram colocar alertas muitos distantes da realidade”.
De acordo com Mandetta, a dose do medicamento utilizada para o combate ao novo coronav�rus � muito maior do que, por exemplo, a usada no tratamento da mal�ria. “Eles aumentam a dose, porque se acredita que a maior quantidade � antiviral”, disse.