
Moro deixou o governo acusando o presidente de tentar interferir politicamente na Pol�cia Federal e citou grava��o de reuni�o ministerial como prova. O v�deo � analisado em inqu�rito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) e causou perturba��o por expor a forma como Bolsonaro e seus ministros comandam o pa�s.
Quando citou o combate � pandemia do novo coronav�rus (COVID-19) e o isolamento social proposto por alguns governadores e prefeitos, o presidente se exaltou e chamou Jo�o Doria (PSDB-SP) e Arthur Virg�lio (PSDB-AM) de ‘bosta’ e Wilson Witzel (PSC-RJ) de estrume, se posicionando contra a forma com que essas cidades tiveram suas economias ‘paralisadas’.
Em entrevista ao Fant�stico, na Rede Globo, Moro comentou que sua posi��o pr�-isolamento causou choques com o presidente. “Dentro do governo, dentro de v�rias reuni�es que eu participei, isso pode ser dito melhor pelo ministro Mandetta, isso foi alertado, o risco de que houvesse essa escalada de mortes e, no entanto, parece que falta um planejamento geral por parte do Governo Federal em rela��o a essas quest�es”, disse.
O ex-ministro afirmou que era claro quanto a suas convic��es ao presidente e recusou ser um ‘papagaio’ de Bolsonaro. “Minha lealdade ao pr�prio presidente, necessita, demanda que eu me posicione com a verdade, com o que eu penso, e n�o apenas concordando com a posi��o do presidente. Se for assim, n�o precisa de um ministro, precisa de um papagaio. Em nenhuma circunst�ncia se pode concordar com essa, vamos dizer assim, que o armamento sirva, de alguma forma, para que as pessoas possam se opor de forma armada contra medidas sanit�rias”, complementou.
Sobre a vontade do presidente em querer liberar armas para que a popula��o pudesse combater posi��es de governadores e prefeitos, Moro se mostrou contra e foi questionado porque n�o confrontou Bolsonaro. “Sim, mas n�o h� espa�o ali, dentro dessas reuni�es, isso pareceu muito claro, n�o existe um espa�o ali para o contradit�rio”, apontou.