
Ao afirmar que � inocente e que est� indignado com a opera��o - que apreendeu, por exemplo, seus celulares -, Witzel disse que o pa�s � governado por um presidente que, al�m de ignorar o perigo do coronav�rus, inicia persegui��o pol�tica contra aqueles que considera inimigos. "N�o abaixarei minha cabe�a, n�o desistirei do Estado do Rio e continuarei trabalhando para uma democracia melhor, continuarei lutando contra esse fascismo que est� se instalando no pa�s, contra essa ditadura de persegui��o."
Numa atitude rara - relacionar sua elei��o em 2018 com a de Bolsonaro -, afirmou ainda que o presidente pretende ser um ditador. "N�o permitirei que esse presidente que ajudei a eleger se torne mais um ditador na Am�rica Latina."
Segundo Witzel, a PF engaveta inqu�ritos contr�rios ao presidente e age com celeridade em casos que investigam advers�rios pol�ticos dele. Foi neste contexto que o governador alegou que Fl�vio Bolsonaro deveria estar preso.
"O senador Fl�vio, com todas as provas que j� temos contra ele - dinheiro em esp�cie depositado em conta corrente, lavagem de dinheiro, bens injustific�veis -, j� deveria estar preso", disse. "A PF deveria fazer o seu trabalho com a mesma celeridade que faz aqui no Rio porque o presidente acredita que estou perseguindo a fam�lia dele. E ele s� tem essa alternativa de me perseguir politicamente."
O governador fez um coment�rio que tem refer�ncia indireta ao ex-governador S�rgio Cabral, ao alegar que n�o foram encontrados dinheiro e joias no Pal�cio Laranjeiras, um dos locais alvos da opera��o. Ao todo, foram cumpridos mandados em 12 endere�os, que incluem ainda a casa pessoal do mandat�rio e o escrit�rio da primeira-dama Helena Witzel.
Essas "narrativas fantasiosas, investiga��es precipitadas", apontou Witzel, "ser�o desmentidas no Superior Tribunal de Justi�a", que teria sido induzido ao erro quando autorizou os mandados.
"O que aconteceu comigo vai acontecer com outros governadores considerados inimigos", disse.