
“As postagens s�o in�meras e reiteradas quase que diariamente. H� ainda ind�cios que essas postagens sejam disseminadas por interm�dio de rob�s para que atinjam n�meros expressivos de leitores”, escreveu Moraes. “Toda essa estrutura, aparentemente, est� sendo financiada por um grupo de empres�rios que, conforme os ind�cios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organiza��o”, continua o magistrado.
As investiga��es chegaram, inclusive, ao dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (sem partido). O propriet�rio das academias de gin�stica SmartFit, Edgar Corona, tamb�m � citado. Al�m deles, outros tr�s empreendedores s�o mencionados Otavio Fakhoury, financiador do site Cr�tica Nacional; o humorista Reynaldo Bianchi J�nior; e o coordenador do Bloco Movimento Brasil Winston, Rodrigues Lima.
Para embasar a decis�o, Moraes cita trechos dos depoimentos dos deputados federais do PSL paulista, Alexandre Frota e Joice Hasselmann. Tamb�m h� falas de Heitor Freire (PSL-CE). Ex-integrantes da base aliada de Bolsonaro no Congresso Nacional, eles prestaram esclarecimentos sobre as quest�es investigadas pelo inqu�rito.
Os parlamentares citaram que o esquema est� ligado ao “gabinete do �dio”. Em seu depoimento, Freire diz que o gabinete do �bio � um n�cleo composto, inclusive, por assessores especiais de Bolsonaro, e respons�vel por propagar, com o aux�lio de p�ginas e perfis na web, as mensagens falsas. O grupo � chamado de “associa��o criminosa” pelo ministro do STF.
“As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de exist�ncia de uma associa��o criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares como “Gabinete do �dio”, dedicada a dissemina��o de not�cias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, �s autoridades e �s Institui��es, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conte�do de �dio, subvers�o da ordem e incentivo � quebra da normalidade institucional e democr�tica”, pontua Moraes.
Grupos de WhatsApp
Segundo Moraes, grupos de WhatsApp comp�em a estrat�gia do esquema. Por isso, ele ressalta a import�ncia do acesso aos celulares dos investigados.“Essas tratativas ocorreriam em grupos fechados no aplicativo de mensagens WhatsApp, permitido somente a seus integrantes. O acesso a essas informa��es � de vital import�ncia para as investiga��es, notadamente para identificar, de maneira precisa, qual o alcance da atua��o desses empres�rios nessa intrincada estrutura de dissemina��o de not�cias fraudulentas”, diz o magistrado.
Com informa��es da Ag�ncia Estado.