
Nas investiga��es, a PF constatou que o ex-vereador e a mulher enriqueceram de maneira il�cita, com crescimento do patrim�nio no total de R$ 1,4 milh�o, entre 2010 e 2016. Para comprovar a conduta negligente, um exame pericial cont�bil-financeiro atestou que foram omitidos da declara��o do Imposto de Renda 2015/2016 um ve�culo e dois im�veis no Condom�nio Aldeias do Lago, em Esmeraldas, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
O relat�rio final da investiga��o diz que Wellington Magalh�es escondeu um carro de luxo no valor de R$ 185 mil, um terreno (R$ 155 mil) e uma casa (R$ 380 mil). Al�m disso, subavaliou a mans�o onde mora, localizada na Pampulha, que na realidade vale R$ 2,7 milh�es e n�o R$ 780 mil, como informado na declara��o.
Segundo a PF, o ex-vereador disse, na defesa, que o lote que est� no nome da mulher foi devidamente declarado no imposto de renda dela. J� a casa, em nome de Daniel Borja Pinto, amigo de inf�ncia de Wellington, � alugada temporariamente em per�odos de folga. � pol�cia, no entanto, Daniel negou ser o dono da casa.
Em rela��o ao autom�vel n�o declarado, o pol�tico disse que o adquiriu de forma financiada e alegou n�o se lembrar da data da compra.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreens�o no gabinete do ex-vereador, foram encontrados documentos referentes ao im�vel. Como consta nos registros administrativos do condom�nio, Magalh�es � o propriet�rio e respons�vel pelos pagamentos da taxa de condom�nio.
De acordo com a pol�cia, Magalh�es � suspeito de lavagem de dinheiro, pois o terreno registrado em nome da mulher teve toda a negocia��o feita por ele, e a an�lise financeira nas contas da esposa n�o identificou sa�das para a compra do terreno.
Cassa��o
Wellington Magalh�es foi cassado por corrup��o e improbidade, tr�fico de influ�ncia, falsa declara��o prestada �s autoridades p�blicas, amea�as a outros vereadores e cidad�os e por abuso de prerrogativa na amplia��o do pr�prio gabinete. A decis�o ocorreu em 22 de novembro de 2019, um dia depois de o Minist�rio P�blico instaurar inqu�rito para investigar uma suposta compra de votos para livrar Magalh�es da puni��o.
O relat�rio da Pol�cia Federal tamb�m cita as investiga��es feitas pela Pol�cia Civil, que apurou o desvio de verba p�blica na C�mara de Vereadores de Belo Horizonte por meio de contrata��es de empresas de fachada por pre�os superfaturados no per�odo que Magalh�es era presidente da casa.
A investiga��o identificou lavagem de dinheiro, j� que o patrim�nio adquirido com os rendimentos dos crimes foi registrado em seu nome e de terceiros.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a
