
A den�ncia se baseia em condutas que foram divulgadas por Sara no Twitter e no YouTube. Em 27 de maio, quando houve busca e apreens�o contra ela no �mbito do inqu�rito das fake news, Sara chamou o ministro de “covarde” e gravou um v�deo dizendo que queria "trocar soco" com o ministro, e que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, afirmou.
Lei de Seguran�a Nacional
Na den�ncia, o procurador da Rep�blica Frederick Lustosa relata que Sara "utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, amea�ando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrang�-lo". Se condenada, ela pode ser obrigada a pagar R$ 10 mil a Moraes por danos morais.
Lustosa tamb�m aponta que a conduta da militante n�o afrontou a Lei de Seguran�a Nacional porque n�o houve les�o real ou potencial ao que � protegido pela lei. A den�ncia, segundo o MPF, levou em considera��o tamb�m "precedentes verificados na C�mara de Coordena��o Criminal do �rg�o". Sobre eventual pedido de pris�o preventiva, o procurador disse que n�o foram verificados requisitos jur�dicos que o justificasse nesta investiga��o.
A reportagem aguarda manifesta��o da defesa de Sara. Em 4 de junho, sobre as amea�as, o advogado Bertoni Barbosa disse o v�deo feito por Sara foi logo depois de "a casa dela ter sido invadida" pela Pol�cia Federal.
"N�s sabemos que � o procedimento padr�o da Pol�cia Federal, n�o vamos criticar a Pol�cia Federal de modo nenhum. Mas s� que ela estava sob forte emo��o e foi uma forma de responder ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que foi quem deu a ordem de busca e apreens�o", afirmou.
Tochas
No final de maio, tr�s dias depois de ter sido alvo de mandado de busca e apreens�o no �mbito do inqu�rito das fake news, Sara organizou um protesto com o grupo em frente ao STF. Com tochas e m�scaras, a imagem lembrou a muitos a��es do Ku Klux Klan (KKK), organiza��o racista originada nos Estados Unidos que fala em supremacia branca e j� cometeu diversos atos violentos contra pretos.
Sobre esse caso, Frederick Lustosa concluiu que a "manifesta��o est� inserida no contexto da liberdade de express�o". Ele destacou atuar de maneira “isenta e desvinculada de qualquer vi�s ideol�gico ou pol�tico-partid�rio, muito menos suscet�vel a qualquer tipo de press�o interna ou externa”.
Na ocasi�o, o grupo que foi protestar em frente ao STF gritava "careca togado, Alexandre descarado", "ministro, covarde, queremos liberdade", "viemos cobrar, o STF n�o vai nos calar"e "inconstitucional, Alexandre imoral", sempre como gritos de guerra guiados por Sara Winter.
