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Estado de Minas 'RACHADINHA'

Pris�o de Queiroz servir� de base para primeira den�ncia

Promotores devem dividir os processos de acordo com os n�cleos da chamada organiza��o criminosa que funcionaria no gabinete do ent�o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio


postado em 21/06/2020 16:00 / atualizado em 21/06/2020 17:43

(foto: Nelson Almeida/AFP )
(foto: Nelson Almeida/AFP )
A opera��o que levou � pris�o do ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz ser� a base da den�ncia que o Minist�rio P�blico do Rio deve apresentar contra o primeiro grupo de investigados no caso da "rachadinha". Investigadores e advogados que conhecem o caso disseram ao Estad�o que os promotores devem dividir os processos de acordo com os n�cleos da chamada organiza��o criminosa que funcionaria no gabinete do ent�o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio.

No pedido de pris�o de Fabr�cio Queiroz, os promotores mostraram que obtiveram na Justi�a 103 quebras de sigilos banc�rios e fiscais de empresas e pessoas para apurar cinco crimes: organiza��o criminosa, obstru��o da Justi�a, peculato, lavagem de dinheiro e inser��o de informa��o falsa em documento p�blico. Juntos, esses delitos t�m penas que atingem, somadas e em caso de condena��o, um m�nimo de 13 anos e um m�ximo de 45 anos de pris�o.

A decis�o de fazer novas buscas no caso durante a a��o que culminou na pris�o de Queiroz na Opera��o Anjo pode levar ainda a novas dilig�ncias, em raz�o do que for descoberto na per�cia nos telefones do ex-assessor e do advogado Luiz Gustavo Botto Maia, outro alvo. Um dos objetivos dos promotores � identificar o personagem que usa o codinome de Anjo, respons�vel por dar ordens para Queiroz e mant�-lo escondido em Atibaia, onde foi preso na quinta-feira pela Pol�cia Civil de S�o Paulo. O im�vel em que o homem apontado como o operador financeiro do esquema fraudulento chefiado pelo senador estava pertence ao advogado Frederick Wassef, que defende Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e � amigo do presidente Jair Bolsonaro.

No caso da Opera��o Anjo, os promotores disseram ao juiz Fl�vio Itabaiana, da 27.ª Vara Criminal do Rio, que estavam investigando lavagem de dinheiro, obstru��o da Justi�a e peculato. A a��o atingiu quatro integrantes do que a promotoria designa como o primeiro n�cleo da organiza��o criminosa. Trata-se do grupo ligado ao ex-assessor parlamentar.

A divis�o da organiza��o criminosa em grupos fez parte da fase anterior da apura��o da promotoria, quando, em 18 de dezembro de 2019, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreens�o e quebrados os sigilos banc�rios, telef�nico e fiscal dos seus integrantes.

No grupo de Queiroz, o Minist�rio P�blico lista 14 pessoas. Al�m dele, s�o citadas as duas filhas do ex-assessor - Nath�lia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz -, e sua mulher, M�rcia Oliveira Aguiar. M�rcia teve a pris�o preventiva decretada na Opera��o Anjo, mas permanecia foragida at� a conclus�o desta edi��o. Os dois outros integrantes do grupo que foram alvo da opera��o s�o as ex-assessoras Luiza Souza Paes e Alessandra Esteves Marins.

Acusa��o

� este n�cleo que deve ser o alvo da primeira den�ncia criminal. Com a reparti��o do caso em mais processos, os promotores evitariam uma a��o demorada e confusa, com dezenas de fatos e condutas a serem examinadas, o que poderia tumultuar o processo, tornando-o moroso. A ideia seria garantir agilidade �s a��es, seguindo o modelo da Opera��o Lava Jato, em Curitiba.

Advogados que atuam no caso disseram ainda que esperam que os demais cinco grupos listados pelo MP deem origem a processos diferentes. O segundo grupo investigado era liderado pelo ex-capit�o da PM e miliciano Adriano Magalh�es da N�brega, morto em fevereiro em tiroteio com a pol�cia no interior da Bahia. Ele, sua m�e e sua ex-mulher, al�m das duas pizzarias das quais ele era s�cio, teriam repassado R$ 405 mil, dos quais R$ 202 mil por meio de saques em dinheiro, para o operador financeiro da organiza��o criminosa.

O terceiro grupo seria o composto por ex-assessores de Fl�vio que moravam em Resende, no interior do Rio, e que repassavam ao ent�o deputado quase a
integralidade de seus sal�rios na Alerj. O grupo � designado como "fam�lia Siqueira".

O quarto grupo � o liderado pelo PM Diego Sodr� de Castro Ambr�sio e a empresa de vigil�ncia Santa Clara. O quinto caso � o da loja de chocolates do senador e por fim, no �ltimo grupo, est� a investiga��o das transa��es imobili�rias. Os promotores n�o decidiram ainda se v�o ou n�o apresentar uma den�ncia espec�fica apenas para o crime de organiza��o criminosa.


Advogados n�o se manifestam

O Estad�o procurou o advogado Paulo Em�lio Catta Preta, que defende a fam�lia do ex-capit�o da PM Adriano Magalh�es N�brega e o ex-assessor Fabr�cio Queiroz. Catta Preta informou apenas que havia pedido um habeas corpus em favor de Queiroz em raz�o de sua sa�de - o ex-assessor tratara um c�ncer em 2019. No mais, o advogado n�o quis se manifestar.

O Estad�o n�o conseguiu localizar a defesa dos demais acusados citados pelo Minist�rio P�blico. Dono da casa onde Queiroz foi preso, o advogado Frederick Wassef - que defende o senador Fl�vio Bolsonaro - nega ter "escondido" o ex-PM em seu escrit�rio em Atibaia e tamb�m diz n�o ser o "anjo" mencionado em conversas interceptadas pelo Minist�rio P�blico. As afirma��es foram feitas ontem, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.


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