
O chefe do Executivo tem feito duas baterias de eletrocardiograma ao dia. O procedimento que avalia a sa�de cardiovascular e pode revelar anormalidades card�acas � recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para pacientes diagnosticados com COVID-19 que optam por tratar a doen�a � base da hidroxicloroquina.
Segundo O Globo, o monitoramento do cora��o de Bolsonaro tem sido diferente do que sugere a SBC. Pelas recomenda��es da institui��o, os eletrocardiogramas para infectados pelo novo coronav�rus que utilizam hidroxicloroquina devem ser feitos no primeiro, terceiro e quinto dias ap�s a primeira dose da subst�ncia, e n�o duas vezes por dia.
A SBC n�o recomenda o uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina no combate ao novo coronav�rus — e nem a azitromicina, outro rem�dio que Bolsonaro admitiu j� ter tomado depois de ter testado positivo para a COVID-19 —, “enquanto n�o houver evid�ncias cient�ficas definitivas acerca do seu emprego”.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Card�acas (Sobrac), embora a ingest�o da cloroquina em doses habituais seja segura, "h� risco de efeitos colaterais graves relacionados � retina, altera��es neurol�gicas e arritmias card�acas potencialmente graves, que pode aumentar o risco de morte".
"A associa��o de cloroquina com outros medicamentos pode aumentar ainda mais o risco de efeitos adversos. Por isso, o uso de cloroquina deve ser feito apenas com a prescri��o m�dica e o m�dico prescritor deve fornecer orienta��es acerca do seu uso seguro e rotinas de acompanhamento", diz a Sobrac.
Na ter�a-feira (7/7), o presidente informou ter testado positivo para o novo coronav�rus, mas disse que j� estava tomando doses da hidroxicloroquina desde a segunda-feira (6/7). Nesta quarta-feira (8/7), Bolsonaro publicou nas redes sociais que est� “muito bem” gra�as � medica��o.
“Aos que torcem contra a hidroxicloroquina, mas n�o apresentam alternativas, lamento informar que estou muito bem com seu uso e, com a gra�a de Deus, viverei ainda por muito tempo”, afirmou o presidente.
A reportagem entrou em contato com o Pal�cio do Planalto, mas n�o recebeu retorno at� a publica��o desta mat�ria. O espa�o segue aberto para manifesta��o.