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Estado de Minas POL�TICA

Impeachment n�o muda postura antipol�tica de Witzel


18/07/2020 08:26

Passado mais de um m�s da abertura de processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o governador Wilson Witzel (PSC) mant�m uma postura distante dos deputados estaduais. Ele n�o tem l�der na Casa nem indicou um parlamentar que fa�a a interlocu��o com a Alerj.

O governador est� sendo questionado na Assembleia pela suspeita de estar envolvido nos esc�ndalos de corrup��o na Sa�de em plena pandemia. Witzel afirma ser inocente. Na quarta-feira passada, em v�deo, disse que as acusa��es s�o "levianas" e feitas por pessoas "que n�o querem ver um juiz governar o Rio de Janeiro".

"Fui um juiz linha-dura e isso, infelizmente, est� incomodando muita gente ligada ao crime organizado e �s m�fias que atuam no Estado. Por que ser� que alguns n�o querem um ex-juiz governando o Estado?", afirmou Witzel, na grava��o. Essa postura, de se apresentar como juiz, incomoda os deputados, que a interpretam como inaptid�o para a pol�tica.

Ningu�m quer assumir a lideran�a do governo na Alerj, fun��o que est� vaga desde 29 de maio. Al�m disso, j� n�o h� um interlocutor espec�fico que tente reverter o preju�zo na Casa.

O vice-governador, Cl�udio Castro, o secret�rio de Casa Civil, Cleiton Rodrigues, e at� o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, chegaram a ser enviados ao Pal�cio Tiradentes para conversar com os deputados, mas n�o houve avan�os.

Um deputado ouvido pelo Estad�o sob condi��o de anonimato disse que Witzel "j� perdeu completamente a m�o" e que a falta de di�logo leva a uma situa��o pol�tica "muito grave".

A defesa de Witzel tem at� o dia 30 para apresentar seus argumentos � comiss�o especial do impeachment da Alerj. A tend�ncia � de que o caso seja levado ao plen�rio em agosto.

Antes escalado para conversar com a Assembleia, Cl�udio Castro tem mantido discri��o. Ele � orientado por aliados a n�o se associar exageradamente ao governador, a fim de n�o ficar contaminado caso o impeachment seja aprovado. � ele quem assumiria o cargo se Witzel fosse afastado.

Aliados do governador afirmaram que o governador, se cair, n�o vai deixar o Pal�cio Guanabara de forma pac�fica. A tend�ncia � de que tente revelar fatos que possam comprometer tanto o pr�prio vice, que controla �rg�os como o Departamento de Tr�nsito (Detran), quanto o presidente da Alerj.

Para evitar a possibilidade de ser afastado do cargo, Witzel tem apostado na via judici�ria. Anteontem, um desembargador do Rio negou o pedido apresentado pela defesa do governador, que questionava pontos das acusa��es e do rito do impeachment.

Ap�s a decis�o liminar desfavor�vel, a defesa pretende pedir para o caso ser julgado pelo colegiado do �rg�o Especial do Tribunal de Justi�a, composto por 25 desembargadores. Se tamb�m for derrotado l�, Witzel recorrer� �s inst�ncias superiores, em Bras�lia.

O ex-secret�rio de Sa�de Edmar Santos foi preso na semana passada pelo MP do Rio, o que s� colaborou para a degrada��o pol�tica de Witzel. Sua deten��o causou uma disputa entre a Promotoria fluminense e o Minist�rio P�blico Federal, a quem cabe investigar o governador. Segundo a revista Veja, Edmar havia feito um acordo de dela��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Na dela��o, ele entregaria provas do envolvimento de Witzel no suposto esquema. Por isso a PGR pediu a soltura do ex-secret�rio, o que vai contra o MP local. Os investigadores t�m em m�os, al�m disso, tr�s celulares e tr�s computadores do governador apreendidos em maio, quando ele foi alvo de mandado de busca e apreens�o.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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