
A PGR pediu ao Supremo que autorizasse a realiza��o de dilig�ncias com delatores e investigados no inqu�rito, incluindo uma oitiva com o pr�prio Renan Calheiros, em prazo de sessenta dias.
De acordo com a Procuradoria, foram localizados e-mails que apontam a atua��o do ex-assessor de Calheiros, Bruno Mendes, como "captador das doa��es" realizadas por duas empresas que integravam o cons�rcio que venceu a licita��o do Estaleiro. Em uma das mensagens, Mendes fala sobre a possibilidade de "preju�zo" ao senador em caso de problemas na presta��o de contas.
A Procuradoria mira nos repasses porque foram feitos em maio de 2010, antes do cons�rcio vencer a licita��o e destinados ao Diret�rio Estadual do MDB em Alagoas, representado por Renan Calheiros. O pagamento foi feito em duas parcelas: uma de R$ 250 mil e outra de R$ 150 mil.
"A partir dos depoimentos j� indicados, tem-se por certo que, boa parte do dinheiro da propina era desviado no interesse dos parlamentares sob a roupagem de doa��o oficial", afirmou a PGR. "Os elementos de prova at� ent�o arrecadados indicam que houve o recebimento de vantagens indevidas pelo Senador da Rep�blica Renan Calheiros, pelo menos no ano de 2010, pagos por empresas que formavam o cons�rcio para constru��o do Estaleiro Rio Tiet�, com a intermedia��o de Bruno Mendes".
O inqu�rito foi aberto em mar�o deste ano pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, a partir da dela��o do ex-presidente da Transpetro, S�rgio Machado, que confessou o repasse de propinas a emedebistas no Senado.
Defesa
A defesa do emedebista, representada pelo criminalista Luis Henrique Machado, afirmou que a dela��o do ex-presidente da Transpetro � "irrespons�vel". "Mesmo gravando clandestinamente o senador Renan, ele n�o obteve qualquer prova, tampouco abordou o assunto sobre o estaleiro do Tiet�", afirmou.