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Estado de Minas HIDROXICLOROQUINA

Sociedade Brasileira de Infectologia sofre ataques depois de publicar documento contra cloroquina

Senadores protocolaram uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e of�cio ao Minist�rio da Justi�a pedindo provid�ncias quanto �s amea�as


23/07/2020 16:49 - atualizado 23/07/2020 17:48

Além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), outros 13 senadores assinaram a representação (foto: Agência Senado/Reprodução)
Al�m do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), outros 13 senadores assinaram a representa��o (foto: Ag�ncia Senado/Reprodu��o)
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta quinta-feira (22) uma representa��o � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) of�cio ao Minist�rio da Justi�a pedindo provid�ncias quanto �s amea�as sofridas pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ap�s a recomenda��o de n�o uso da cloroquina no tratamento contra a COVID-19. A representa��o foi assinada por Randolfe e mais 13 senadores.


A SBI foi alvo de in�meras not�cias falsas e xingamentos nas redes sociais ap�s a publica��o do documento, na �ltima sexta-feira (17).

“Comportamentos desse tipo, verdadeiros atentados, contra os membros da Sociedade Brasileira de Infectologia s�o crime contra a ci�ncia, contra o nosso pacto civilizat�rio. Quem faz crime � criminoso e por isso quem pratica deve responder diante as regras do estado democr�tico”, argumentou Rodrigues em sess�o do Senado.

No documento, a SBI relembra que na, medicina, s�o os estudos cl�nicos que definem se determinado medicamento � eficaz e seguro. Para argumentar contra a cloroquina, os membros da entidade utilizaram duas pesquisas. “No tratamento para COVID-19, tal regra n�o � diferente e essas caracter�sticas devem ser observadas”, explica.

Ap�s destrinchar os dois estudos, um publicado nos Estados Unidos e outro na Espanha, a entidade conclui que “com essas evid�ncias cient�ficas, a SBI acompanha a orienta��o que est� sendo dada por todas as sociedades m�dicas cient�fica dos pa�ses desenvolvidos e pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) de que a hidroxicloroquina deve ser abandonada em qualquer fase do tratamento da COVID-19.”

O coordenador cient�fico da SBI, Cl�vis Arns, disse que a entidade est� aberta ao di�logo e que o inten��o � ser �til � sociedade. “O objetivo � um s�, ajudar o povo brasileiro e aqueles que tomam decis�es. Eu entendo que n�s, da sociedade cient�fica, precisamos nos limitar a transmitir � popula��o o que os artigos cient�ficos trazem”, afirmou, durante sess�o.

Depois da publica��o do comunicado, os infectologistas pertencentes � sociedade sofreram diversos ataques nas redes sociais. Isso porque o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ï¿½ a favor do medicamento. Bolsonaro, inclusive, diz estar fazendo tratamento com cloroquina ap�s ser contaminado pelo novo coronav�rus.

No �ltimo dia 17, o Minist�rio da Sa�de desrespeitou as ordens da OMS e ampliou as orienta��es para o uso de cloroquina em tratamento precoce de pacientes com COVID-19 no Sistema �nico de Sa�de (SUS).

No documento publicado com assinatura do ministro interino General Eduardo Pazuello, foi ampliado o uso do medicamento para gestantes, crian�as e adolescentes, que agora passam a fazer parte dos grupos de risco. A orienta��o tamb�m vale para a prescri��o do medicamento, que permanece a crit�rio do m�dico, sendo necess�ria tamb�m a vontade declarada do paciente. No caso de pacientes pedi�tricos ou incapacitados, � necess�rio o consentimento dos pais ou respons�veis legais.

Com a palavra, SBI:



“A Sociedade Brasileira de Infectologia � uma sociedade m�dica cient�fica, sem fins lucrativos, que congrega m�dicos infectologistas de todo o pa�s. Neste momento ainda t�o dif�cil da pandemia da COVID-19 no nosso pa�s, este informe tem a finalidade de esclarecer, colaborar e divulgar as principais evid�ncias cient�ficas que devem orientar os m�dicos e entidades p�blicas e privadas para que todos brasileiros recebam diagn�stico adequado e tratamento eficaz e seguro, como � o caso da oxigenioterapia, dexametasona e anticoagulante profil�tico nos pacientes hospitalizados com COVID-19 grave e n�o recebam medicamentos que comprovadamente n�o demonstraram efic�cia e que podem trazer efeitos colaterais, como na fase precoce da doen�a, que deve ser tratada com medicamentos sintom�ticos (analg�sicos e antit�rmicos). Aproveitamos a oportunidade para, mais uma vez, recomendar as medidas preventivas do distanciamento f�sico, uso de m�scaras e higieniza��o frequente das m�os."
 

Efeitos colaterais da cloroquina

Apesar da 'campanha' feita por Bolsonaro a favor da cloroquina e da amplia��o de seu uso pelo Minist�rio da Sa�de, inclusive para casos leves de COVID-19,n�o h� comprova��o cient�fica de que o medicamento tenha efeito no combate � doen�a causada pelo coronav�rus.

Al�m disso, a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais graves como dist�rbios de vis�o, irrita��o gastrointestinal, altera��es cardiovasculares e neurol�gicas, cefaleia, fadiga, nervosismo, prurido, queda de cabelo e exantema cut�neo.

*Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a



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