(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MIST�RIO PERMANECE

900 dias depois, segue a pergunta: 'Quem matou Marielle?'

Vereadora do PSOL do Rio de Janeiro e seu motorista foram executados a tiros no centro da capital fluminense em 14 de mar�o de 2018


30/08/2020 06:00 - atualizado 30/08/2020 13:40

Passados 900 dias as investigações ainda não foram concluídas sobre a mrote da vereadora e seu motorista(foto: Arquivo Correio Braziliense)
Passados 900 dias as investiga��es ainda n�o foram conclu�das sobre a mrote da vereadora e seu motorista (foto: Arquivo Correio Braziliense)
Hoje completam-se 900 dias da execu��o, a tiros, da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Ela voltava de uma reuni�o com mulheres negras, quando o carro foi emboscado no centro da capital fluminense.

O ve�culo levou 13 tiros. Quatro acertaram a cabe�a da parlamentar e tr�s as costas do condutor. Dois homens est�o presos, o sargento reformado da Pol�cia Militar Ronne Lessa, apontado pela Pol�cia Civil do Rio como autor dos disparos, e o ex-PM �lcio Queiroz, acusado de estar no carro que abordou as v�timas no dia do crime. Mas at� o momento n�o h� conclus�o de quem mandou, executou e a motiva��o do crime.

A execu��o teve repercuss�o internacional e v�rias entidades pediram que os levantamentos de mandantes, executores e motiva��o do crime fossem acompanhados por inst�ncias internacionais "isentas", j� que havia desconfian�a de liga��es entre as "for�as de seguran�a p�blica" com um suposto "escrit�rio do crime", formado por milicianos. O MPRJ suspeita que as mortes possam ser motivadas pela milit�ncia de Marielle com as organiza��es de direitos humanos.

Depois de indas e vindas, troca de acusa��es entre autoridades policiais e pol�ticas, as investiga��es correm em "marcha lenta". A apura��o do crime ficou por conta da Divis�o de Homic�dios da Pol�cia Civil, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro.

"Uma ingenuidade acreditar naquele contexto, onde as for�as pol�ticas inimigas dos direitos humanos j� se faziam presente no Rio e se estendiam pelo Brasil, principalmente das  mil�cias e dos movimentos fascitas j� bastantes atuantes no estado," adverte Cec�lia Coimbra, fundadora e membro da diretoria colegiada do Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM), criado h� 35 anos, "suprapartid�rio e sem qualquer participa��o ou apoio de partido pol�tico, para combater as viola��es dos direitos humanos", explica.

Em novembro de 2019, a Pol�cia Federal encerrou uma "investiga��o das investiga��es", que indicavam participa��o de pol�ticos e policiais na tentativa de "obstruir" as apura��es de responsabilidades.

Cec�lia diz n�o ter esperan�as que o caso seja elucidado, "enquanto os grupos pol�ticos de extrema direita estiverem � frente das organiza��es governamentais". Mas ressalta que a morte de Marielle frez "crescer sementes de movimentos e coletivos em defesa dos direitos humanos e contra a totura e a pol�tica de execu��es praticadas pelo estado em todo o mundo".  E aponta que a sa�da est� no fortalecimento dos movimentos sociais "atualmente t�o combatidos e criminalizados."

Heloisa Greco (Bizoca) - Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania lembra  que a data coincide com o Dia Internacional de Homenagem �s V�timas de Desaparecimentos For�ados. � uma "coincid�ncia hist�rica bastante significativa. Todo o legado da ditadura militar est� a� presente: a institucionaliza��o das execu��es sum�rias, da tortura, dos desaparecimentos for�ados. Novecentos dias da execu��o de Marielle e Anderson sem nenhuma solu��o a vista. "

Ainda na nota, o instituto afirmou: "Na ocasi�o da execu��o de Marielle e Anderson, o Rio de Janeiro estava sob interven��o cujo comandante era ningu�m menos que o atual chefe da Casa Civil (?), general Braga Netto. Houve, ent�o, aumento exponencial da letalidade da pol�cia (aquela que mais mata no planeta) e nenhum avan�o das investiga��es da execu��o de Marielle e Anderson – cen�rio que tem atingido n�veis insuport�veis no governo Jair Bolsonaro, sobretudo durante a pandemia."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)