
Fernandes tem experi�ncia no combate ao crime organizado, corrup��o e lavagem de dinheiro e atualmente integra o Grupo de Trabalho Lava-Jato na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). Ele � procurador desde 2004 e est� lotado na capital paranaense desde 2012. Dallagnol deixa o cargo pela necessidade de acompanhar a filha, de um ano, que investiga problemas de sa�de. Em um v�deo publicado na internet, ele explicou o motivo. "H� algumas poucas semanas, eu e a minha esposa, identificamos uma s�rie de sinais de regress�o em nossa bebezinha, de um ano e dez meses de idade. N�s verificamos que ela deixou de olhar pra gente quando � chamada e parou de olhar nos nossos rostos e nos nossos olhos", disse.
O procurador destacou que ainda � necess�rio diversas avalia��es para entender do que se trata. "No nosso caso, os m�dicos j� levantaram algumas suspeitas e nossa filhinha est� passando por uma s�rie de exames e acompanhamentos para um diagn�stico que ainda deve demorar nove semanas", completou.
"Depois de anos de dedica��o intensa a Lava-Jato, acredito que agora � a hora de me dedicar, de modo especial, para a minha fam�lia. Vou continuar como procurador da Rep�blica, mas aquelas horas extras que eu investia em noites, finais de semana e feriados, vou precisar agora para focar em minha fam�lia", afirmou o procurador.
Dallagnol destacou que confia em seu substituto, que, de acordo com ele, j� era colaborador da opera��o. "Se voc� apoia a Lava-Jato, continue a apoiar. A opera��o vai continuar fazendo seu trabalho, vai continuar firme. Mas decis�es que ser�o tomadas em Bras�lia afetar�o seus trabalhos. A for�a-tarefa tem muito para fazer e precisa do seu suporte... Quem vai me substituir � Alessandro de Oliveira, um procurador competente que � colaborador da Lava-Jato", completou Dallagnol.
O procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, decide neste m�s o destino da for�a-tarefa da Lava-Jato no Paran�. Ele pode prorrogar ou n�o os trabalhos. Ao receber um manifesto de oito integrantes do Conselho Superior do MPF, Aras disse que "tem responsabilidade com o futuro da institui��o" e alegou que convocar� uma sess�o extraordin�rio para tratar do tema.