
O senador mineiro Carlos Viana (PSD) admite que o tom intempestivo de declara��es dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gera “crises” no Pal�cio do Planalto. Apesar disso, o parlamentar garante ter boa rela��o com o chefe do Executivo federal: “Independentemente do que ele fala ou do que os filhos fazem, o importante � o que vamos ter como resultado para o estado. � isso que tem acontecido”, diz.
Nesta entrevista ao Estado de Minas, Viana fala tamb�m sobre as gest�es do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e do governador Romeu Zema (Novo).
O senador elogia a estrat�gia do colega de partido, que, nas palavras dele, optou por “manter os servi�os em funcionamento” em vez de fazer grandes obras. Ainda segundo o congressista, o PSD ter� nome pr�prio na elei��o estadual de 2022.
“Kalil � um candidato natural do partido”, avalia, em tom cauteloso, sem cravar os rumos da legenda. Para este ano, a meta �, no m�nimo, dobrar o n�mero de prefeituras comandadas pelo PSD em Minas. Atualmente, s�o 63. Internamente, 265 candidaturas j� foram confirmadas. Viana comenta tamb�m sobre as obras na BR-381 e o projeto de cria��o de um Tribunal Regional Federal em Minas Gerais, j� aprovado na C�mara e esperando vota��o no Senado.
Nesta entrevista ao Estado de Minas, Viana fala tamb�m sobre as gest�es do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e do governador Romeu Zema (Novo).
O senador elogia a estrat�gia do colega de partido, que, nas palavras dele, optou por “manter os servi�os em funcionamento” em vez de fazer grandes obras. Ainda segundo o congressista, o PSD ter� nome pr�prio na elei��o estadual de 2022.
“Kalil � um candidato natural do partido”, avalia, em tom cauteloso, sem cravar os rumos da legenda. Para este ano, a meta �, no m�nimo, dobrar o n�mero de prefeituras comandadas pelo PSD em Minas. Atualmente, s�o 63. Internamente, 265 candidaturas j� foram confirmadas. Viana comenta tamb�m sobre as obras na BR-381 e o projeto de cria��o de um Tribunal Regional Federal em Minas Gerais, j� aprovado na C�mara e esperando vota��o no Senado.
Como o senhor avalia as gest�es de Kalil e Zema?
A administra��o Kalil � uma das mais equilibradas que j� tivemos, diante do cen�rio de crise que o Brasil viveu nos �ltimos anos, especialmente depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Kalil herdou uma prefeitura com muitos desafios e, a meu ver, fez uma administra��o muito equilibrada. Ele conseguiu manter os servi�os em funcionamento sem, naturalmente, criar expectativas de novas obras e maiores investimentos para a cidade. Zema recebeu o governo em situa��o muito prec�ria em termos de equil�brio fiscal, mas as tomadas de decis�o por parte de sua equipe foram muito lentas. J� estamos indo para o final do segundo ano de governo e as importantes decis�es de que o estado precisava, como a reorganiza��o das contas e um plano de ajuste fiscal, ficaram comprometidas.
Como � sua rela��o com o presidente Bolsonaro? Acredita que as declara��es intempestivas dele s�o prejudiciais?
A rela��o com o presidente � muito boa e de muito respeito. Tudo o que tenho colocado para ele em termos de demandas para Minas Gerais tem sido atendido ou, ao menos, s�o buscadas solu��es. A BR-381, por exemplo, � fundamental para a retomada do desenvolvimento do Leste e do Mucuri, e o presidente determinou, desde o ano passado, que o Minist�rio da Infraestrutura desse total prioridade � concess�o da rodovia. Conseguimos tamb�m, no fim do ano, (na Comiss�o Mista de Or�amento do Congresso), manter os recursos para os 66 quil�metros que ser�o duplicados em 2020. Bolsonaro tem tido muita aten��o com o estado. As falas do presidente, realmente, criam uma s�rie de crises com o governo. Ele tem conseguido saber separar a administra��o federal de sua personalidade. Temos conseguido, no campo do desenvolvimento regional, muitos avan�os para o semi�rido mineiro, porque, independentemente do que ele fala ou do que os filhos fazem, o importante � o que vamos ter como resultado para o estado. � isso que tem acontecido.
Quais as expectativas para os pleitos municipais em BH e no interior?
Alexandre Kalil � a nossa prioridade, uma vez que o PSD, no Brasil, tem duas capitais: Cuiab� (Emanuel Pinheiro) e Belo Horizonte. Nossa ideia � manter as duas e aumentar o n�mero de capitais, (principalmente) onde temos governadores atuando. No interior, onde temos 579 comiss�es eleitorais, a responsabilidade � minha. Temos 63 prefeitos e pretendemos, no m�nimo, dobrar esse n�mero, j� na expectativa, inclusive, de candidatura pr�pria em 2022. H� 265 candidaturas confirmadas. Patos de Minas � uma cidade muito importante para n�s, assim como Betim (onde Vitt�rio Medioli deve disputar a reelei��o). Paracatu e Barbacena s�o (exemplos de) cidades m�dias onde pretendemos crescer mais.
A ideia � convencer Kalil a disputar o governo do estado?
Kalil � um candidato natural do partido. Est� muito cedo. Temos que avaliar, mais � frente, quem estar� melhor nas pesquisas. O PSD vai ser um player com candidatura em 2022, isso com certeza. Quem ser� � uma decis�o que tomaremos ap�s as elei��es municipais.
Os tr�s n�veis do Executivo agiram bem no combate � pandemia?
Faltou ao Brasil uma pol�tica nacional de preven��o e combate � COVID-19. Nesse aspecto, o presidente falhou. Ele, como l�der do Executivo, mesmo tendo posicionamento contr�rio ao lockdown, deveria ter buscado consenso com governadores e secret�rios de Sa�de. Boa parte da nossa derrota para a COVID-19 se deu, exatamente, pela falta de uma lideran�a nacional que caminhasse com o pa�s, as pessoas e nos desse uma dire��o sobre como enfrentar�amos. Como n�o houve essa uni�o, a expectativa de 200 mil mortos come�a a n�o ser uma realidade t�o distante at� a chegada da vacina.
O senhor pretende se unir a Rodrigo Pacheco (DEM) e Antonio Anastasia (PSD) para defender, no Senado, a cria��o do Tribunal Regional Federal da 6ª Regi�o?
Estamos, os tr�s, juntos nessa proposta. O que estamos fazendo � discutir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a necessidade de criar o TRF-6. N�o vamos beneficiar s� Minas Gerais. Todos os estados com processos na Justi�a h� muitos anos passar�o a ter mais agilidade. Toda empresa mineira que n�o concorda com determinado imposto, em um v�cuo legal, e perde em primeira inst�ncia, precisa depositar parte da causa para recorrer em Bras�lia. Temos milh�es de reais parados h� muitos anos, sem uma decis�o do TRF-1, pois n�o h� um tribunal em Minas. H� o compromisso de que o or�amento do Judici�rio vai ser mantido. N�o haver� acr�scimo al�m do que prev� a infla��o.