O PT lan�ou na manh� deste segunda-feira, 21, o Plano de Reconstru��o e Transforma��o do Brasil, parte de um movimento iniciado no dia 7 de setembro, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se colocou "� disposi��o" para combater o bolsonarismo. No evento, convidados de outros partidos como o governador do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB), e o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pediram a unidade da esquerda ainda nas elei��es municipais deste ano como forma de pavimentar a cria��o de uma frente em 2022.
"Penso que n�s devemos desde logo abrir debates sobre pactos progressistas para que n�o fiquemos apenas na �ltima hora debatendo nas 96 cidades brasileiras (onde h� segundo turno)", disse Dino. Segundo ele, o documento apresentado pelo PT, que contou com colabora��es de outros partidos como PSOL, PCdoB, PSB e PDT, pode ser um "referencial" de unidade da esquerda hoje dividida em fun��o de interesses divergentes nas elei��es municipais e em dois grandes projetos voltados para 2022: o do PT e o de Ciro Gomes (PDT).
Dino tamb�m alertou para a necessidade de os partidos de esquerda ampliarem o di�logo para al�m do pr�prio campo. "Precisamos estender nossa palavra para al�m dos convertidos. N�o basta que falemos para n�s mesmos", afirmou o governador, visto como uma op��o para 2022.
Freixo, que desistiu de disputar a elei��o para a prefeitura do Rio sob a alega��o de falta de unidade na esquerda, disse que a estrat�gia para vencer o presidente Jair Bolsonaro em 2022 passa pelas elei��es deste ano. "Bolsonaro n�o venceu as elei��es apenas pelos seus acertos, mas tamb�m pelos nossos erros. De todos n�s. N�o tem como separar 2022 de 2020. Que a gente n�o saia derrotado de 2020 e tenha sabedoria no primeiro e segundo turnos", disse o deputado.
A introdu��o ao plano apresentado pelo PT tamb�m fala em unidade. "� um caminho que j� come�amos a trilhar juntos, por exemplo, com a indica��o de que urge avan�ar na constru��o da mais ampla frente em defesa da Vida, da Democracia e do Emprego", conforme recente manifesto das funda��es partid�rias do PSOL, PSB, PDT, PCdoB, PT e PROS", diz o texto.
Em sua fala, a primeira em um evento presencial depois do in�cio da pandemia do novo coronav�rus, em mar�o, Lula evitou falar em alian�as eleitorais. Ele � apontado por ex-aliados como um dos respons�veis pela falta de unidade da esquerda por ter dado a ordem para que o PT lance candidatos pr�prios no maior n�mero de cidades poss�vel.
O ex-presidente, no entanto, apresentou o documento como uma porta de abertura para di�logo program�tico com as demais for�as. "N�o � um plano de um partido pol�tico. � o plano de uma na��o e pode ser feito por muito mais do que um partido pol�tico", disse o ex-presidente.
Lula aproveitou o evento para fazer cr�ticas ao governo do norte-americano Donald Trump e defender o governo de Nicol�s Maduro na Venezuela. "Se comparar o Trump com o (George W.) Bush, o Bush era um baita de um democrata, apesar da guerra no Iraque (�) O que o Trump tem de melhor do que o Maduro? Pelo menos o Maduro n�o conta 17 mentiras por dia como mostrou a imprensa dos EUA", argumentou o ex-presidente.
Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o documento apresentado pelo partido "n�o � um plano eleitoral nem um programa de governo", � uma s�rie de propostas �s pol�ticas da administra��o Bolsonaro apresentado � sociedade.
De acordo com Gleisi, existe uma mesa de negocia��o que inclui os principais partidos de esquerda na qual j� est�o sendo tratadas alian�as para o segundo turno da elei��o municipal. "Onde o candidato da esquerda for para o segundo turno os outros v�o apoiar", garantiu ela.
A presidente do PT, no entanto, admitiu que PSB e PDT est�o mais distantes de PSOL e PCdoB. O PSB pelo fato de o PT ter mantido a candidatura da deputada Mar�lia Arraes (PT) contra Jo�o Campos (PSB) para a prefeitura do Recife. "O PDT � o mais afastado ainda, por enquanto", disse ela.
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