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Estado de Minas Tend�ncia

Parlamentares 'novatos' querem dar apoio suprapartid�rio

Dirigentes partid�rios se dividem entre dar carta branca � iniciativa e questionar o refor�o a outras legendas


27/09/2020 07:00 - atualizado 27/09/2020 07:55

(foto: Flickr)
(foto: Flickr)

Eleitos em 2018 na onda da renova��o pol�tica, parlamentares de movimentos como RenovaBR, Livres e RAPS pretendem apoiar neste ano candidatos que n�o s�o de seus partidos. Eles afirmam que enfrentaram as urnas pela primeira vez sem a ajuda de padrinhos pol�ticos e, agora, querem facilitar o caminho daqueles que, independente das siglas �s quais est�o filiados, compartilham de suas bandeiras. Dirigentes partid�rios se dividem entre dar carta branca � iniciativa e questionar o refor�o a outras legendas.

Dois dos parlamentares que ampliaram a pr�pria rede de apoio para al�m de seus partidos s�o os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES). Eles est�o distantes de seus partidos desde o ano passado, quando contrariaram a orienta��o das legendas na vota��o da reforma da Previd�ncia. Mas ambos negam que tenha sido esta a motiva��o para construir um apoio suprapartid�rio em 2020.

Tabata busca fortalecer candidaturas femininas e apoia mulheres de diversas siglas. As selecionadas para receber apoio s�o de 17 partidos distintos, passando por PSOL, MDB e Republicanos. Tr�s a cada quatro delas s�o de grupos de renova��o. "Elas s�o ideologicamente diferentes, mas em termos de valores e trajet�ria t�m muito em comum", disse a deputada.

Presidente do PDT, Carlos Lupi diz que toda iniciativa para incentivar mulheres � positiva, mas isso deve ser feito atrav�s das institui��es partid�rias. "Eu questiono quando a pessoa se elege pelo PDT e apoia candidatos de outros partidos. O que representa a sociedade s�o os partidos pol�ticos", disse Lupi, que comanda o PDT h� 15 anos. "A luta por mais mulheres na pol�tica n�o � partid�ria. Algumas lutas transcendem isso", argumenta Tabata.

Rigoni tamb�m lan�ou m�o de uma estrutura ampla de apoio para as pr�ximas elei��es. No momento, ele conduz entrevistas com cerca de 40 pr�-candidatos para escolher quem vai ajudar no processo eleitoral. Os avaliados pertencem a diversas siglas, como DC, PV, PDT e Novo. "Eu n�o vou apoiar porque � do partido, vou apoiar porque a pessoa pensa como eu", diz.

Colega de partido de Rigoni, o deputado federal Rodrigo Coelho (PSB-SC) tamb�m tem conduzido apoio pol�tico em seu Estado de maneira suprapartid�ria. "Estou ajudando alguns colegas que vejo que t�m perfil parecido com o nosso."

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, minimiza o apoio a candidatos de outras siglas e diz n�o se preocupar com a quest�o. "Nosso partido n�o depende da atua��o deles", afirma.

Esferas


Professora da Escola de Pol�ticas P�blicas e Governo da FGV, a cientista pol�tica Graziella Testa pondera, no entanto, que as siglas podem ser menos relevantes em quest�es locais, como no caso das elei��es municipais. "Quanto mais localizado, via de regra, menos o partido importa, porque as quest�es locais muitas vezes n�o est�o abarcadas nas grandes quest�es partid�rias."

� esta percep��o que embasa o argumento do deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG), que tamb�m decidiu apoiar diversos pr�-candidatos em 2020. Mitraud afirma que, nas cinco cidades de Minas onde o Novo ter� candidatos, seu apoio ficou restrito a membros do partido. Nos demais munic�pios, ele pretende ajudar candidatos de 16 legendas distintas, de diferentes matizes ideol�gicos - da Rede ao PSL - escolhidos por meio de um processo seletivo. "Para a gente isso � menos determinante do que a qualidade do candidato", afirma.


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