
C�ssio foi assassinado no �ltimo dia 25. Enquanto denunciava a utiliza��o de m�quinas de propriedade da administra��o municipal para obras de cunho particular, o candidato teve o celular tomado por Jorge. A discuss�o continuou na sede da Secretaria de Obras, onde os primeiros disparos aconteceram.
V�deo mostra momento em que candidato a vereador � assassinado em Patroc�nio
%u2014 Estado de Minas (@em_com) September 25, 2020
Saiba mais em https://t.co/M0ZWHpIYTY
Cr�dito: reprodu��o/WhatsApp. pic.twitter.com/YXSbAdAkyP
Irm�o do prefeito de Patroc�nio, Deir� Marra (Dem), Jorge responder� por homic�dio com duas qualificantes: motivo f�til e a��o dissimulada para enganar a v�tima. Jorge tinha autoriza��o para possuir arma de fogo, mas n�o podia port�-la em espa�os p�blicos.
“Cheguei a essa conclus�o com base nas vidas pregressas do autor e da v�tima, e as tens�es que envolviam o caso, como discuss�es pol�ticas e den�ncias, tendo em vista que a v�tima era uma pessoa bastante atuante. (No crime) houve uma futilidade e, a meu ver, uma afronta ao estado democr�tico de direito”, explicou a titular da Delegacia de Homic�dios de Patroc�nio, Ana Beatriz de Oliveira Brugnara.
As autoridades n�o acreditam que o crime n�o tenha sido premeditado. Descartadas, tamb�m, motiva��es eleitorais. No inqu�rito, a Pol�cia Civil aborda a possibilidade de assassinato motivado pelas tens�es nascidas das den�ncias feitas por C�ssio.
A delegada lembrou que, em seu depoimento, Jorge alegou ter agido em “leg�tima defesa”. “Em sua pr�pria oitiva, ele fala que se sentiu indignado e n�o achou aquilo (as den�ncias) justo”, disse.
Juntos, os tr�s crimes podem ultrapassar 44 anos de pena. A decis�o, contudo, caber� ao j�ri popular respons�vel por analisar o caso.
Motorista tamb�m � indiciadoDepois do crime, Jorge fugiu em uma caminhonete. O motorista do ve�culo ser� indiciado por ter auxiliado na fuga e, ainda, por participa��o no crime de roubo e favorecimento pessoal.
O celular de C�ssio Remis n�o foi encontrado. A pol�cia n�o teve acesso ao conte�do do aparelho, visto que a fam�lia n�o possui as senhas das contas conectadas ao equipamento.
No v�deo que gravava pouco antes de ser morto, C�ssio afirmava que as m�quinas da prefeitura eram utilizadas para construir o comit� de campanha de Deir� � reelei��o. A Pol�cia Civil, no entanto, n�o julgou a informa��o relevante para a condu��o do inqu�rito. Apurar se o espa�o iria abrigar, de fato, o “QG” do candidato caber� � Justi�a Eleitoral e ao Minist�rio P�blico.
Ap�s o crime, Jorge seguiu, de caminhonete, Perdizes, no entorno de Patroc�nio. Seu autom�vel acabou encontrado em uma casa na cidade — havia uma arma dentro do ve�culo.
Candidatura j� havia sido protocolada
Os postulantes � elei��o deste ano precisavam apresentar suas candidaturas � Justi�a Eleitoral at� 26 de setembro. Na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) constava o nome de C�ssio Remis. O n�mero dele na urna eletr�nica j� havia, inclusive, sido atribu�do: 45777.
A m�e de C�ssio, Francisca Carneira dos Santos, ser� candidata no lugar do filho. Ela vai utilizar, como nome eleitoral, o apelido “Chiquita”.