A Pol�cia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e a Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) deflagraram na manh� desta ter�a-feira, 27, a nona etapa da Opera��o Calv�rio, que investiga desvios da Sa�de e da Educa��o da Para�ba. A ofensiva busca angariar provas sobre crimes identificados nas fases anteriores da investiga��o, principalmente o de lavagem de dinheiro.
Segundo a PGR, tais delitos teriam sido praticados pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Arthur Paredes Cunha Lima e por operadores de uma das organiza��es sociais investigadas, que recebiam propina de fornecedores. Cerca de 80 agentes cumprem dez mandados de busca e apreens�o nas cidades de Jo�o Pessoa, Bayeux, Cabedelo (PB), Aracaju (SE) e no Distrito Federal.
Os mandados foram expedidos pelo ministro do Superior Tribunal de Justi�a Francisco Falc�o, uma vez que a investiga��o mira em supostos delitos praticados pelo atual governador da Para�ba, Jo�o Azev�do (Cidadania) e por tr�s conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Na etapas anteriores da Calv�rio, os investigadores haviam apontado ainda que o ex-governador e candidato � prefeitura de Jo�o Pessoa Ricardo Coutinho seria o l�der da organiza��o criminosa sob suspeita.
O Minist�rio P�blico Federal informou ainda que, a pedido da subprocuradora-geral da Rep�blica Lind�ra Ara�jo, o ministro Francisco Falc�o tamb�m determinou a imposi��o de medidas cautelares a um advogado investigado pelo esquema, como a proibi��o de frequentar as depend�ncias do TCE-PB e a suspens�o do exerc�cio da atividade advocat�cia perante o �rg�o e em contratos com entes p�blicos.
Al�m disso, o ministro decretou o bloqueio de bens dos investigados em um total de cerca de R$ 23,4 milh�es, para repara��o por danos morais e materiais.
Segundo a Procuradoria, o esquema investigado teria come�ado em 2011 e envolveria a contrata��o de organiza��es sociais para gerir recursos p�blicos. De acordo com as apura��es, as OSs direcionavam os gastos de hospitais para determinados fornecedores, que, posteriormente, repassavam parte do valor a agentes p�blicos.
A PGR apontou que as investiga��es contam com mensagens de celular, grava��es ambientais e informa��es obtidas por meio de um acordo de colabora��o premiada firmado com um empres�rio que era gestor de duas entidades envolvidas nos il�citos.
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