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Estado de Minas POL�TICA

Glenn Greenwald deixa The Intercept, site da 'Vaza Jato', alegando censura

Ele se irritou com o veto a um artigo cr�tico ao candidato democrata � presid�ncia dos EUA, Joe Biden


29/10/2020 17:06 - atualizado 29/10/2020 17:24
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Em 2019, Glenn prestou depoimento em audiência pública que debateu, no Parlamento Nacional, a atuação de juízes e procuradores ligados à Lava Jato
Em 2019, Glenn prestou depoimento em audi�ncia p�blica que debateu, no Parlamento Nacional, a atua��o de ju�zes e procuradores ligados � Lava Jato (foto: Vin�cius Loures/C�mara dos Deputados)
O jornalista norte-americano Glenn Greenwald pediu demiss�o do site The Intercept, ve�culo internacional que atua em solo brasileiro. No pa�s, o portal ganhou notoriedade pela s�rie "Vaza Jato", que exp�s di�logos entre procuradores da opera��o Lava-Jato. Foram reveladas, tamb�m, falas do ex-ministro da Justi�a Sergio Moro.

Glenn deixou o ve�culo alegando ter sido censurado ap�s um artigo com cr�ticas a Joe Biden, candidato � presid�ncia dos Estados Unidos, n�o ter sido publicado.

Segundo Glenn, o texto foi vetado em virtude de alinhamento dos editores do The Intercpet em Nova York com os ideais do Partido Democrata dos EUA. A carta de demiss�o foi entregue nesta quinta-feira (29).

“Em uma �ltima tentativa de evitar a censura, os encorajei a expor suas discord�ncias comigo escrevendo seus pr�prios artigos, criticando meus pensamentos e deixando os leitores decidirem quem est� certo, como qualquer meio de comunica��o confiante e saud�vel faria. Mas os meios de comunica��o modernos n�o expressam discord�ncia; eles o anulam. Portanto, a censura a meu artigo, em vez de envolvimento com ele, foi o caminho que esses editores apoiadores de Biden escolheram”, disparou.

Radicado no Brasil, Glenn era o “cabe�a” da sucursal brasileira do portal. Ele � um dos fundadores da vers�o original do The Intercept, em 2013. O jornalista argumentou que o site se tornou “irreconhec�vel”, abandonando os princ�pios que sustentaram sua funda��o.

“Em vez de oferecer um local para a dissens�o, vozes marginalizadas e perspectivas desconhecidas, est� rapidamente se tornando apenas mais um meio de comunica��o com lealdades ideol�gicas e partid�rias obrigat�rias”, disse, citando o Partido Democrata dos EUA.

A ideia de Glenn � fazer jornalismo de modo independente. Ele � casado com David Miranda, deputado federal pelo Psol do Rio de Janeiro.

Relembre


Parte do conte�do das mat�rias da s�rie Vaza Jato trata de mensagens trocadas entre Moro e o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol. O ex-juiz dava orienta��es sobre procedimentos da Opera��o Lava-Jato.

Em 2013, quando trabalhava para o jornal ingl�s The Guardian, Glenn  atuou em parceria com o analista de sistemas e ex-administrador da CIA Edward Snowden para tornar p�blicos v�rios programas secretos de vigil�ncia global dos EUA.

Outro lado

Em nota oficial, o The Intercept refutou as acusa��es de censura feitas por Glenn. Os executivos do grupo respons�vel pelo ve�culo tamb�m negaram alinhamento total aos ideais de Joe Biden.

“Glenn exige o direito absoluto de determinar o que publicar�. Ele acredita que qualquer pessoa que discorde dele � corrupta e que qualquer um que pretenda editar suas palavras � um censor. Assim, � absurda a acusa��o de que os editores e rep�rteres do Intercept, com a �nica e nobre exce��o de Glenn Greenwald, tra�ram a miss�o de engajar-se no destemido jornalismo investigativo porque fomos seduzidos pela atra��o de uma presid�ncia de Joe Biden”, diz trecho da nota.

“A narrativa que Glenn apresenta sobre sua sa�da � cheia de distor��es e imprecis�es — todas destinadas a faz�-lo parecer uma v�tima, em vez de uma pessoa adulta fazendo birra”, afirmam


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