
Glenn deixou o ve�culo alegando ter sido censurado ap�s um artigo com cr�ticas a Joe Biden, candidato � presid�ncia dos Estados Unidos, n�o ter sido publicado.
Segundo Glenn, o texto foi vetado em virtude de alinhamento dos editores do The Intercpet em Nova York com os ideais do Partido Democrata dos EUA. A carta de demiss�o foi entregue nesta quinta-feira (29).
“Em uma �ltima tentativa de evitar a censura, os encorajei a expor suas discord�ncias comigo escrevendo seus pr�prios artigos, criticando meus pensamentos e deixando os leitores decidirem quem est� certo, como qualquer meio de comunica��o confiante e saud�vel faria. Mas os meios de comunica��o modernos n�o expressam discord�ncia; eles o anulam. Portanto, a censura a meu artigo, em vez de envolvimento com ele, foi o caminho que esses editores apoiadores de Biden escolheram”, disparou.
Radicado no Brasil, Glenn era o “cabe�a” da sucursal brasileira do portal. Ele � um dos fundadores da vers�o original do The Intercept, em 2013. O jornalista argumentou que o site se tornou “irreconhec�vel”, abandonando os princ�pios que sustentaram sua funda��o.
“Em vez de oferecer um local para a dissens�o, vozes marginalizadas e perspectivas desconhecidas, est� rapidamente se tornando apenas mais um meio de comunica��o com lealdades ideol�gicas e partid�rias obrigat�rias”, disse, citando o Partido Democrata dos EUA.
A ideia de Glenn � fazer jornalismo de modo independente. Ele � casado com David Miranda, deputado federal pelo Psol do Rio de Janeiro.
Relembre
Parte do conte�do das mat�rias da s�rie Vaza Jato trata de mensagens trocadas entre Moro e o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol. O ex-juiz dava orienta��es sobre procedimentos da Opera��o Lava-Jato.
Em 2013, quando trabalhava para o jornal ingl�s The Guardian, Glenn atuou em parceria com o analista de sistemas e ex-administrador da CIA Edward Snowden para tornar p�blicos v�rios programas secretos de vigil�ncia global dos EUA.
Outro lado
Em nota oficial, o The Intercept refutou as acusa��es de censura feitas por Glenn. Os executivos do grupo respons�vel pelo ve�culo tamb�m negaram alinhamento total aos ideais de Joe Biden.“Glenn exige o direito absoluto de determinar o que publicar�. Ele acredita que qualquer pessoa que discorde dele � corrupta e que qualquer um que pretenda editar suas palavras � um censor. Assim, � absurda a acusa��o de que os editores e rep�rteres do Intercept, com a �nica e nobre exce��o de Glenn Greenwald, tra�ram a miss�o de engajar-se no destemido jornalismo investigativo porque fomos seduzidos pela atra��o de uma presid�ncia de Joe Biden”, diz trecho da nota.
“A narrativa que Glenn apresenta sobre sua sa�da � cheia de distor��es e imprecis�es — todas destinadas a faz�-lo parecer uma v�tima, em vez de uma pessoa adulta fazendo birra”, afirmam