
Boulos foi mais combativo e, por v�rias vezes, associou seu advers�rio ao ex-prefeito e atual governador de S�o Paulo, Jo�o Doria e ao presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, citando inclusive a ‘coliga��o’ informal BolsoDoria, criada nas elei��es de 2018. Covas era vice de Doria e assumiu a Prefeitura quando o cabe�a da chapa deixou o cargo para disputar – e vencer – as elei��es para o governo.
Covas rebateu afirmando ele – e n�o Doria – � o candidato e que o foco do debate era discutir ideias para melhorar a vida dos paulistanos, e n�o discutir antigos apadrinhamentos pol�ticos dos concorrentes.
Em diversas oportunidades, o prefeito alfinetou seu oponente, citando um suposto desconhecimento da administra��o p�blica e a falta de experi�ncia de Boulos, ao que o ‘desafiante’ respondeu que tem 20 anos de experi�ncia em movimentos sociais, conhecendo de perto os problemas dos habitantes da cidade.
Houve troca de acusa��es sobre equ�vocos nas administra��es anteriores e na atual. Boulos criticou Covas por n�o ter, na sua vis�o, agido corretamente para resolver problemas graves da capital, como das pessoas em situa��o de rua, dos dependentes qu�micos frequentadores da 'crackol�ndia' e dos impactos da pandemia de COVID-19 em S�o Paulo.
Do outro lado, Covas desaprovou a administra��o de Fernando Haddad, do PT, ex-partido de Luiza Erundina, vice de Boulos, de tamb�m n�o ter conseguido resolver os mesmo problemas e ainda ter deixado a cidade afundada em d�vidas.
Um dos momentos mais acalorados foi durante a abordagem do tema moradia, tema defendido por Boulos durante sua trajet�ria em movimentos sociais. Nesse momento, Covas citou a��es realizadas por sua administra��o e citou uma proposta de criar parcerias p�blico-privadas.
“Demos isen��o de IPTU e ITBI para viabilizar a constru��o de habita��o de interesse social em S�o Paulo. Foi uma forma que a Prefeitura encontrou de retomar obras que foram iniciados estavam paradas por causa do fim do programa Minha Casa Minha Vida, deixaram de ter aporte de recursos do governo federal. Pretendemos seguir nessa linha de busca de parcerias, para facilitar tamb�m a constru��o pela iniciativa privada nos pr�ximos anos. Gera emprego e ajuda reduzir o d�ficit habitacional”, disse o atual prefeito, candidato � reelei��o.
Como resposta, Boulos acusou Covas e Doria de terem uma esp�cie de “tara” pela ideia de que o mercado resolve tudo e disse que ambos n�o conhecem as pessoas. “Voc�s insistem que o mercado vai resolver o problema da moradia porque n�o conhecem a vida das pessoas. Pessoas que moram em encostas, que moram de favor ou t�m que escolher entre pagar aluguel ou comprar comida. N�o conhe�o essas pessoas por estat�stica. Conhe�o por nome”, replicou.
Segundo turno
Bruno Covas foi o candidato mais votado nesse domingo em S�o Paulo. O prefeito recebeu 1.754.013 votos (32,85%). Guilherme Boulos foi votado por 1.080.736 eleitores (20,24%).Nas elei��es municipais deste ano, 57 cidades com mais de 200 mil habitantes ter�o disputa para prefeito no segundo turno, marcado para 29 de novembro.
Nessas localidades, que incluem 18 capitais, a campanha recome�ou nesta segunda-feira. Nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno pode ser detido ou preso a partir desta segunda-feira at� a vota��o, salvo no caso de flagrante delito, conforme previsto pelo C�digo Eleitoral.