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Estado de Minas 60 DIAS

Moraes prorroga inqu�rito que apura se Bolsonaro interferiu na PF

Bolsonaro desistiu de depor. Presidente sempre negou ter interferido na Pol�cia Federal


27/11/2020 17:37 - atualizado 27/11/2020 18:30

Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (sem partido)(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (sem partido) (foto: Ag�ncia Brasil/Reprodu��o)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 60 dias o inqu�rito sobre suposta interfer�ncia do presidente Jair Bolsonaro na Pol�cia Federal e pediu manifesta��o do procurador-geral da Rep�blica Augusto Aras sobre a desist�ncia de Bolsonaro em prestar depoimento no caso. Por meio da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Bolsonaro informou na quinta, 26, que abria m�o da oitiva e solicitava que o processo fosse encaminhado para a elabora��o de relat�rio final.

Em despacho divulgado nesta sexta, 27, Moraes pede que Aras opine sobre a necessidade do depoimento de Bolsonaro para as investiga��es. A manifesta��o dever� ser encaminhada em at� cinco dias. O ministro tamb�m prorroga o inqu�rito - o prazo para o fim das investiga��es foi uma das justificativas elencadas por Bolsonaro para abrir m�o do depoimento e pedir que a PF conclua as apura��es.

Moraes � o relator da investiga��o desde a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que conduziu o processo at� setembro deste ano.

O depoimento do presidente � a �nica etapa que falta para a conclus�o das investiga��es. Assim que for finalizado, o relat�rio da PF ser� enviado � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), a quem cabe decidir se h� provas suficientes para a apresenta��o de uma den�ncia contra Bolsonaro.

Em junho, Bolsonaro afirmou que poderia depor por escrito ou de forma presencial, 'sem problema nenhum'. "A PF vai me ouvir, est�o decidindo se vai ser presencial ou por escrito, para mim tanto faz. Posso conversar presencialmente com a PF, sem problema nenhum", afirmou na ocasi�o.

Agora, a AGU justificou a desist�ncia do presidente alegando que a divulga��o da reuni�o ministerial do dia 22 de abril, marcada por ofensas e xingamentos e tornada p�blica por ordem do ent�o ministro Celso de Mello, 'demonstrou completamente infundadas quaisquer das ila��es que deram ensejo ao presente inqu�rito'.

As investiga��es apuram acusa��es do ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, sobre suposta interfer�ncia indevida de Bolsonaro para trocar o comando da PF. Em abril, o ex-juiz da Lava Jato deixou o governo ap�s press�o do Planalto para substituir o ent�o diretor-geral da corpora��o, Maur�cio Valeixo, pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, um nome pr�ximo da fam�lia presidencial.

Em nota, a defesa de Moro afirmou que recebeu 'com surpresa' a decis�o de Bolsonaro em abrir m�o do depoimento. "A negativa de prestar esclarecimentos, por escrito ou presencialmente, surge sem justificativa aparente e contrasta com os elementos reunidos pela investiga��o, que demandam explica��o por parte do Presidente da Rep�blica", afirmou o criminalista Rodrigo S�nchez Rios, que representa o ex-juiz da Lava Jato.

Conforme mostrou o Estad�o em maio, parte dos investigadores que atuam no inqu�rito avalia que, at� o momento, n�o foram encontradas provas que o incriminem e aponta que a tend�ncia � que o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, pe�a o arquivamento do caso.

O entendimento desse grupo � o de que, neste momento, as acusa��es do ex-ministro da Justi�a S�rgio Moro provocam mais estrago pol�tico do que jur�dico para Bolsonaro.


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