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Estado de Minas

Na reta final do segundo turno, hackers seguem com ataques contra o Judici�rio

Criminosos da internet voltam a atacar o Judici�rio, desta vez, com invas�o ao TRF1. Alvo de atentados cibern�ticos no primeiro turno das elei��es municipais, TSE concentra-se na seguran�a do sistema para a segunda rodada do pleito, que ser� realizada amanh�


28/11/2020 08:56

(foto: Divulgação)
(foto: Divulga��o)
Mesmo com todos os esfor�os de t�cnicos e especialistas, o Judici�rio brasileiro segue sob ataques de hackers. A onda de atentados cibern�ticos come�ou em 4 de novembro, contra o sistema do Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Uma semana depois, foi a vez do Tribunal de Justi�a do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Em 15 de novembro, atingiu, tamb�m, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — em plena apura��o dos votos do primeiro turno das elei��es municipais. E, ontem, mirou o Tribunal Regional Federal da Primeira Regi�o (TRF1).

Com o segundo turno das elei��es marcados para amanh�, o TSE procurou se resguardar de novas investidas e de suspeitas de irregularidades no processo. Segundo a Corte, nos �ltimos dias, foram realizados testes adicionais no computador e nos sistemas que realizam a totaliza��o de votos e a divulga��o de resultados de todo o pa�s. “A avalia��o da Secretaria de Tecnologia da Informa��o do TSE � de que o sistema est� devidamente preparado para a realiza��o exitosa do segundo turno”, diz nota do site da Corte. “Tribunal Superior Eleitoral reitera o compromisso com a transpar�ncia e com a seguran�a do processo eleitoral brasileiro.”

No primeiro turno, ataques cibern�ticos contra o TSE causaram preocupa��o, e um problema na intelig�ncia artificial do computador que registra a totaliza��o dos votos ocasionou atraso na divulga��o dos resultados. O site de divulga��o sofreu sucessivos ataques, registrando acessos rob�ticos que tentaram sobrecarregar e tirar do ar o endere�o eletr�nico.

Um dos sistemas que ficou inoperante no primeiro turno foi o que hospeda o e-t�tulo, aplicativo que permite ao eleitor votar sem precisar apresentar documento f�sico. Al�m da facilidade, a medida tem como objetivo reduzir o contato entre eleitores e mes�rios, dificultando a infec��o pelo novo coronav�rus.

Para evitar novas falhas, desta vez, o e-t�tulo s� pode ser baixado at� as 23h59 de hoje, ou seja, ficar� indispon�vel para download no dia da vota��o. De acordo com o TSE, “a atualiza��o dos dados at� s�bado (hoje) visa garantir o uso das principais funcionalidades do aplicativo no domingo, incluindo a localiza��o do seu local de vota��o e a possibilidade de justificar a aus�ncia no caso de n�o conseguir comparecer para votar”. Na segunda-feira, o sistema volta ao normal, e quem precisar poder� fazer as justificativas, caso n�o tenha comparecido ao pleito.

Fora do ar

O TRF1 informou que tirou seu site do ar como medida preventiva, depois que, na quinta-feira � noite, um perfil no Twitter publicou mensagem dizendo que havia invadido o portal. A Pol�cia Federal est� investigando, mas, at� o fechamento deste edi��o, n�o havia evid�ncias de dano. O Correio apurou que o restabelecimento dos servi�os ocorrer� de forma gradual, conforme comprova��o de seguran�a do ambiente.

Num site, os supostos invasores publicaram nomes de arquivos que teriam sido obtidos do sistema do tribunal. No total, eles alegam terem tido acesso a 47 bases de dados. “Isso � s�rio? Um �rg�o t�o importante com uma vulnerabilidade t�o grave”, dizia a mensagem, com uma imagem de diabo. O texto afirmava que a inten��o era “demonstrar que o TRF1 tamb�m � vulner�vel”. “Nosso objetivo n�o � causar o caos nem prejudicar o TRF1”, frisaram.

Por nota, o tribunal afirmou que “em decorr�ncia de publica��o veiculada em redes sociais de que ocorrera uma invas�o ao ambiente tecnol�gico do TRF1, foram adotadas medidas preventivas para a preserva��o do ambiente”. “Assim, todos os sistemas do tribunal foram colocados em modo restrito para permitir adequada investiga��o, sendo que, at� o momento, n�o se identificou nenhum ativo de TI comprometido.”

Na opini�o do advogado especialista em direito digital Fabr�cio da Mota Alves, os ataques que est�o ocorrendo no governo (o Minist�rio da Sa�de tamb�m foi alvo) e no Judici�rio mostram que o Brasil n�o “leva t�o a s�rio a quest�o da seguran�a cibern�tica”. “� um servi�o p�blico essencial. Muitas atividades dependem do funcionamento desse site. Hoje, toda a Justi�a � digital; os processos s�o digitalizados”, ressaltou. “Atualmente, a atividade criminosa � pela internet, guerras s�o planejadas pela internet, e o Brasil est� mostrando que n�o est� preparado com uma coisa t�o b�sica, como saber se est� sendo ou n�o atacado”, frisou. Ele criticou o TRF1, que divulgou uma nota pela manh� e permaneceu em sil�ncio ao longo do dia. “A sociedade tem o direito de saber o que est� acontecendo”, disse.

O advogado destacou a gravidade do ataque contra o STJ, por exemplo, com risco de vazamento de processos sigilosos. “�s vezes, nem os criminosos estavam sabendo que est�o sendo investigados. Imagina uma organiza��o criminosa que contrata um grupo de hackers para fazer isso e descobrir alguma coisa”, frisou. “� preocupante, mas � consequ�ncia de neglig�ncia hist�rica do Brasil”, emendou, frisando que esses ataques poderiam parar o pa�s se atingissem �reas priorit�rias, como o setor de energia el�trica.

Refor�o na seguran�a

A menos de 24 horas das elei��es, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) organizou a megaestrutura que ser� usada no segundo turno. Ao todo, 57 munic�pios do pa�s voltam �s urnas para escolher prefeito e vice-prefeito. A maior concentra��o de eleitores � na cidade de S�o Paulo, onde os candidatos Guilherme Boulos (PSol) e Bruno Covas (PSDB) disputam a vaga para o Executivo local.

Apesar do desafio do TSE de realizar o pleito sem entraves, a segunda vota��o � bem menor que a registrada em 15 de novembro, quando 125 milh�es de eleitores votaram em todo o pa�s.
Neste segundo turno, a seguran�a f�sica tamb�m precisou ser refor�ada em alguns locais. O presidente do TSE, ministro Lu�s Roberto Barroso, autorizou o envio das For�as Armadas para as cidades de Rio Branco e S�o Lu�s. Conforme a Corte, a medida “visa refor�ar a seguran�a durante o segundo turno das elei��es para prefeito e vice-prefeito desses munic�pios”.

Al�m dessas regi�es, o ministro Barroso aprovou o envio de apoio log�stico para a Ilha de Paquet� (RJ). Antes o tribunal j� havia aprovado o envio de refor�os para Manaus, Fortaleza e Caucaia, por risco de ocorr�ncias de dist�rbios e perturba��es durante a vota��o. (RS e ST)


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