Ap�s cumprir dois mandatos consecutivos, entre 2008 e 2016, Eduardo Paes deixou a Prefeitura do Rio de Janeiro, quando Crivella o substituiu, ap�s vencer as elei��es do �ltimo ano citado. Naquela ocasi�o, Paes apoiou Pedro Paulo (MDB) para o substituir no Executivo municipal, mas o candidato sequer chegou ao segundo turno, que foi disputado por Marcelo Crivella e Marcelo Freixo (Psol). O candidato do, na �poca, PRB, levou a melhor.
Durante o primeiro turno, Eduardo Paes liderou todas as pesquisas e obteve 37,01% dos votos, contra 21,90% de Marcelo Crivella. Em 2018, Paes tentou ser governador do Rio de Janeiro, conseguiu ir para o segundo turno contra Wilson Witzel (PSC), mas o advers�rio - hoje, afastado do cargo - levou a melhor.
Apoios
Eduardo Paes, durante a campanha, recebeu apoio de diversos setores populares, como escolas de samba, principalmente da Portela, para quem torce no Carnaval do Rio. J� Marcelo Crivella sempre buscou seu “porto seguro” no Pal�cio do Alvorada, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a gravar um v�deo ao lado do candidato do Republicanos pedindo para que os cariocas votassem em Crivella.
No segundo turno, no entanto, formou-se uma “frente ampla” contra a reelei��o de Marcelo Crivella. V�rios partidos, pol�ticos de esquerda e artistas declararam “apoio cr�tico” a Paes, contra a vit�ria do candidato do Republicanos. O PT carioca, por exemplo, destacou que o postulante do Democratas est� "distante das bandeiras defendidas" pelo Partido dos Trabalhadores, mas que "derrotar Crivella e Bolsonaro � decisivo".
O Psol, que foi derrotado no primeiro turno, com sua candidata Renata Souza, n�o declarou um apoio aberto a Paes, mas orientou seus eleitores para que n�o dessem "nenhum voto em Crivella", destacando que seria oposi��o a qualquer um dos eleitos. O "apoio cr�tico" do partido foi endossado pelo deputado federal Marcelo Freixo e por Tarc�sio Motta, vereador mais votado do Rio.
“A �nica coisa certa � que seremos oposi��o. Uma oposi��o respons�vel, que tem como foco o projeto de uma cidade feita por e para as pessoas. Amanh�, o PSOL decide de forma coletiva a posi��o do partido sobre o 2%u2070 turno. Defenderei pelo Crivella nunca mais!”, publicou Tarc�sio em uma rede social.
Outro partido que declarou um “apoio velado” a Eduardo Paes foi o PSB. O presidente regional da legenda, o deputado federal Alessandro Molon, disse que Crivella foi o “pior prefeito que o Rio j� teve” e orientou eleitores para que n�o votassem no candidato do Republicanos.
"No Rio, o importante agora � derrotar Crivella: al�m de ser o pior prefeito que o Rio j� teve, � o candidato de Bolsonaro. Primeiro turno � voto, segundo turno � veto: Crivella n�o!", disse Molon.
Tamb�m foi elaborado um manifesto, assinado por mais de 170 artistas, que apoiou a vit�ria de Paes. Entre as personalidades, estavam nomes como o de Gilberto Gil e Elza Soares.
J� em rela��o aos apoios formalizados de forma oficial, est� o PSD fluminense. O partido esteve na chapa de Luiz Lima (PSL) representado pelo delegado Fernando Veloso. Lima � alinhado com o presidente Bolsonaro, que apoiou a candidatura de Crivella.
O PSD propriamente dito, por sua vez, tamb�m abriga pol�ticos que apoiam abertamente Bolsonaro, como � o caso de Gabriel Monteiro, ex-policial militar e youtuber, eleito vereador da capital fluminense. Monteiro, infectado pela COVID-19, no entanto, n�o esteve na solenidade entre PSD e Paes.
"Lamento a aus�ncia dele (no evento que selou o apoio do PSD a Paes), que est� com COVID, gostaria dele aqui, nesse momento de uni�o", afirmou o candidato do Democratas.
Quem � Eduardo Paes?
Nascido em 14 de novembro de 1969, Eduardo da Costa Paes se formou em direito, por�m, n�o encontrou com pedido de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Paes come�ou na pol�tica sendo subprefeito de bairros do Rio de Janeiro, at� ser secret�rio de Meio Ambiente na gest�o C�sar Maia no Executivo municipal.
Paes tamb�m foi vereador e deputado federal antes de se eleger pela primeira vez prefeito do Rio de Janeiro, em 2008. Em 2012, foi reeleito e esteve � frente da cidade na organiza��o das Olimp�adas, em 2016. e na Copa do Mundo, em 2014.