
Bolsonaro conseguiu triunfos em duas cidades de m�dio porte. Assim como os derrotados nas capitais, candidatos no segundo turno em An�polis (GO) e S�o Gon�alo (RJ), foram citados pelo presidente em v�deos.
Na cidade goiana, Roberto Naves (PP) conquistou 61,28% e derrotou o petista Ant�nio Gomide. S�o Gon�alo, o segundo maior col�gio eleitoral fluminense, elegeu Capit�o Nelson, do Avante. Seu oponente foi Dimas Gadelha, que deixou o Democratas para se filiar ao PT. O novo prefeito teve a prefer�ncia de 50,79% dos gon�alenses que escolheram um candidato.
Em Rio Branco, no Acre, o presidente deu incentivos expl�citos a Ti�o Bocalom (PP). Ele venceu a atual prefeita, Socorro Neri (PSB), por ampla margem de votos.
Camila Rocha, cientista pol�tica e pesquisadora do Centro Brasileiro de An�lise e Planejamento (CEBRAP) — e estudiosa do bolsonarismo —, diz que a corrente atravessa momento ruim. Os efeitos da elei��o deste ano, contudo, podem n�o ser t�o predominantes para determinar a derrocada do presidente. “Bolsonaro est� sem partido. Nos apoios que deu a v�rios candidatos, como o Crivella, pareciam que estava sendo coagido a apoiar. Boa parte deles n�o eram org�nicos. Ele n�o fez muito esfor�o”, afirma.
Candidatos nordestinos ‘afundam’ ap�s apoios
Citado por Bolsonaro em uma de suas diversas lives, o militar Capit�o Wagner ficou com 48,31%, contra 51,69% de Sarto, apoiado pelo cl� dos Ferreira Gomes, liderado por Ciro, e pelo governador cearense Camilo Santana, do PT.Integrante do departamento de Ci�ncias Sociais da Universidade Federal do Cear� (UFC), Monalisa Lopes cr� que Wagner pode ter apostado no bolsonarismo para dar f�lego � campanha.
"Talvez o candidato possa ter feito um c�lculo de que o apoio do presidente poderia se reverter em estrutura ou outros aspectos para a sua campanha, porque desde cedo estava �bvio que o presidente tinha uma rejei��o grande no estado e em Fortaleza, principalmente. O presidente foi derrotado aqui no primeiro e no segundo turno (em 2018)”, diz.
No Recife, onde a disputa acabou vencida por Jo�o Campos (PSB), Bolsonaro viu a delegada Patr�cia Domingos (Podemos) naufragar ap�s externar o apoio a ela. A postulante, que chegou a figurar em terceiro lugar nas pesquisas, terminou em quarto, com 14,06%.
Ap�s participar de live com o presidente, Patr�cia causou desconforto com o Cidadania, partido de seu vice, Leo Salazar. Nota divulgada pelo presidente nacional do partido, Roberto Freire, confirmou o mal-estar.
"O apoio �, al�m de tudo, pouco inteligente. Basta ver o que est� ocorrendo com os candidatos apoiados e identificados com Bolsonaro. Enquanto uns buscam se associar a ideias retr�gradas, preconceituosas, antidemocr�ticas e anticient�ficas, abra�amos a ci�ncia, a democracia, a liberdade de express�o, a diversidade e os direitos humanos", declarou o dirigente.
Alinhados ao bolsonarismo vencem em Vit�ria e Manaus
Em Vit�ria (ES) e Manaus (AM), os eleitores optaram por candidatos de direita, que se alinham a parte das ideias de Bolsonaro, mas que n�o tiveram o apoio direto do presidente. Na capital capixaba, o delegado Lorenzo Pazolini (Republicanos) ganhou do ex-prefeito Jo�o Coser (PT). O vencedor recebeu 58,5% dos votos v�lidos.Em solo manauara, David Almeida (Avante) obteve 51,27%, contra 48,73% de Amazonino Mendes (Podemos), figura hist�rica da pol�tica amazonense.
“Almeida � conservador, mas n�o � 100% bolsonarista. Amazonino � um oligarca, est� muito velho. N�o � um candidato dif�cil de derrotar. (Almeida) � um candidato de direita, mas n�o chega a ser um Bolsonaro”, sustenta Carlos Ranulfo, cientista pol�tico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Bolsonaro volta �s aten��es, agora, ao Acre. Em Rio Branco, onde as urnas foram fechadas �s 19h, o presidente deu incentivos expl�citos a Ti�o Bocalom (PP). Por volta das 19h50,(de Bras�lia) com pouco mais de 51% da apura��o conclu�da, Bocalom liderava com quase 20 pontos percentuais de vantagem sobre Socorro Neri (PSB).