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Estado de Minas Legislativo

Governo Bolsonaro articula para ter comando da C�mara e do Senado

Passadas as elei��es, Planalto mira em ter aliados no comando da C�mara e do Senado, contra Rodrigo Maia


02/12/2020 04:00 - atualizado 02/12/2020 07:43

Favorito de Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL) busca viabilizar sua eleição para presidência da Câmara(foto: Gustavo Lima/Agência Câmara - 8/12/11)
Favorito de Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL) busca viabilizar sua elei��o para presid�ncia da C�mara (foto: Gustavo Lima/Ag�ncia C�mara - 8/12/11)
Passadas as elei��es municipais, a articula��o do presidente Jair Bolsonaro olha agora para as elei��es da presid�ncia da C�mara e do Senado no in�cio do ano que vem. Favorito do governo, o deputado e l�der do Centr�o, Arthur Lira (PP-AL), tenta inviabilizar uma candidatura de reelei��o de Rodrigo Maia (DEM) ou de algum nome apoiado pelo atual presidente da Casa.

Apesar de alguns assessores de Jair Bolsonaro sinalizarem que n�o seria “bom” o governo declarar apoio formal ao nome de Lira, o chefe do Executivo tem atuado nos bastidores para formar uma base contra Rodrigo Maia. L�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-RS), est� entre os conselheiros que defendem uma isen��o por parte do Planalto.

“Ele (Bolsonaro) tem trabalhado pelo nome do Lira de forma interna, mas ainda n�o decidiu se ir� se manifestar publicamente. O presidente � imprevis�vel. Ele pode chegar l� no cercadinho (espa�o no Alvorada onde conversa com apoiadores) e falar algo fora do script”, afirmou um assessor palaciano ao Estado de Minas.

Entre as articula��es, as redes bolsonaristas pretendem se posicionar nas redes sociais contra o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) desta semana que pode abrir caminho para a reelei��o de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Senado).

Os ministros v�o decidir se a possibilidade de reelei��o em uma mesma legislatura pode ser aberta por meio de mudan�a do regimento das Casas ou se precisa ser tratado por uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC).

O governo acredita que caso a primeira hip�tese seja aceita pelo STF, Rodrigo Maia poderia se colocar como candidato. No entanto, l�deres partid�rios afirmam que o clima na C�mara n�o � favor�vel a uma nova candidatura do democrata, por isso, um deputado escolhido por ele pode ter mais chances.

Para tentar diminuir os acordos de Maia, os partidos do Centr�o mobilizam um manifesto contr�rio a hip�tese que pode liberar a reelei��o do democrata. Al�m de siglas como Podemos e Cidadania, o documento j� recebeu apoio de partidos da centro-esquerda como Rede e PSB.

“Um Congresso Nacional forte � aquele que respeita os ideais da temporalidade dos mandatos e do revezamento da dire��o das suas respectivas Casas. Mudar este curso hist�rico fere o princ�pio constitucional da veda��o ao retrocesso democr�tico e se constituiu em um casu�smo tacanho que n�o combina com a tradi��o do Supremo Tribunal Federal, guardi�o dos princ�pios da Rep�blica Federativa do Brasil e sempre atento � harmonia e ao equil�brio institucional contra atitudes individualistas de extrapola��o e excessos do exerc�cio do poder”, diz o manifesto dos partidos.

A movimenta��o de alguns partidos da centro-esquerda ao manifesto do bloco chamou a aten��o de Rodrigo Maia. O apoio desses partidos � primordial para que o democrata consiga maioria contra o candidato do governo. Contra essa invertida, Maia tem trabalhado para viabilizar a candidatura de outros deputados como Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Marcelo Ramos (PL-BA) e F�bio Trad (PSD-MS).

Duelo


O cientista pol�tico Andr� Pereira C�sar, da Hold Assessoria Legislativa, afirma que sucess�o na C�mara ser� o maior duelo pol�tico entre Maia e Bolsonaro, que sempre tiveram uma rela��o turbulenta. Segundo ele, a cria��o da frente de partidos de centro � uma demonstra��o de for�a do parlamentar, interessado em manter a influ�ncia entre seus pares.

“O Maia, que � o grande coordenador disso, o condutor desse processo, quer deixar claro para o Planalto o seguinte: 'Quem manda aqui sou eu e vou continuar mandando'.

Esse � o recado, mas para que ele tenha sucesso precisar� acomodar todos os partidos dessa frente. � uma negocia��o extremamente dif�cil e que, certamente, incluir� a oferta do comando de comiss�es relevantes, como a CCJ (Comiss�o de Constitui��o e Justi�a) e a CFT (Comiss�o de Finan�as e Tributa��o), al�m de relatorias de mat�rias estrat�gicas, como PECs (Propostas de Emenda � Constitui��o)”, disse o analista.



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