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Estado de Minas POL�TICA

Toffoli manda PF tomar depoimento do Ministro da Educa��o

Milton Ribeiro � acusado de homofobia e PGR solicitou inqu�rito


03/12/2020 17:28 - atualizado 03/12/2020 19:19

Dias Toffoli determina depoimento de Milton Ribeiro(foto: Fellipe Sampaio/STF)
Dias Toffoli determina depoimento de Milton Ribeiro (foto: Fellipe Sampaio/STF)
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Pol�cia Federal marque o depoimento do Ministro da Educa��o, Milton Ribeiro, sobre a acusa��o da pr�tica do crime de homofobia. Em entrevista ao Estad�o, publicada em setembro, Ribeiro disse que o 'homossexualismo (sic)' � resultado de 'fam�lias desajustadas'. A declara��o levou a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) a pedir a abertura de um inqu�rito, mas Toffoli, relator do caso na Corte, decidiu que o ministro fosse ouvido antes da instaura��o do procedimento.

No despacho, Toffoli diz que a data e a hora devem ser acertadas com o titular da pasta da Educa��o. A autoriza��o do ministro ocorreu uma semana depois de Milton Ribeiro rejeitar o acordo oferecido PGR que poderia livr�-lo da abertura de inqu�rito por homofobia. Para isso, o ministro teria de admitir que cometeu crime preconceituoso contra homossexuais, o que poderia ser interpretado como um sinal contradit�rio do pr�prio governo Bolsonaro, que tenta no STF justamente 'relativizar' o conceito de homofobia.

No mesmo despacho, o ministro do STF tamb�m negou o pedido do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) para participar do depoimento do ministro. "N�o s�o poss�veis tais interven��es nessa fase prematura de investiga��o", observou Toffoli.

Contexto


Pastor presbiteriano, Milton Ribeiro assumiu o MEC em julho, substituindo Abraham Weintraub e prometendo ter um estilo mais moderado. Na entrevista ao Estad�o, publicada em 23 de setembro, o ministro defendeu mudan�as em rela��o � educa��o sexual. Segundo Ribeiro, muitas vezes a disciplina � usada para incentivar discuss�es de g�nero. "E n�o � normal. A op��o que voc� tem como adulto, de ser um homossexual, eu respeito, n�o concordo", afirmou ele na ocasi�o.

"Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito pr�ximo, basta fazer uma pesquisa. S�o fam�lias desajustadas, algumas. Falta aten��o do pai, falta aten��o da m�e. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por a�. S�o quest�es de valores e princ�pios", disse.

Ap�s o pedido de abertura de inqu�rito contra o ministro da Educa��o, a AGU pediu ao STF, no dia 14 de outubro, que reconhe�a uma s�rie de 'excludentes de ilicitude' em casos de homofobia e transfobia. O objetivo � que a Corte esclare�a que 'n�o s� a liberdade religiosa, mas a pr�pria liberdade de express�o, (englobando a manifesta��o art�stica, cient�fica ou profissional), respalda a possibilidade de manifesta��o n�o aviltante a prop�sito da moralidade sexual'.

Na avalia��o de uma fonte que acompanha o caso, o recurso para esvaziar o entendimento da Corte no hist�rico julgamento que enquadrou a homofobia e a transfobia como racismo tem o objetivo de livrar Ribeiro de condena��o. "� necess�rio assegurar liberdade para a considera��o de morais sexuais alternativas, sem receio de que tais manifesta��es sejam entendidas como incita��o � discrimina��o", alegou a AGU.

Ao pedir a abertura da investiga��o contra o ministro, logo ap�s a entrevista ao Estad�o, o vice-procurador-geral da Rep�blica considerou as declara��es de Ribeiro "depreciativas a pessoas com orienta��o sexual homoafetiva" e "ofensivas � dignidade do apontado grupo social".


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