
Em 2018, Claudiney Dulim (Avante) foi candidato ao governo de Minas Gerais, mas terminou na s�tima posi��o. Dois anos depois, conseguiu 4.879 votos e foi eleito vereador em Belo Horizonte.
Uma das 24 caras novas da C�mara Municipal, o advogado e professor de Direito quer promover estudo para “enxugar” o arcabou�o de leis da cidade.
“Temos que propor um trabalho incessante da C�mara, por um conjunto de vereadores e a assessoria t�cnica, para acabar com as leis sem efetividade, sem efic�cia e desnecess�rias”, diz. Nesta legislatura, o Parlamento municipal chegou a instituir comiss�o especial para tratar do tema. Embora seja novato, Claudiney, de 52 anos, quer dar continuidade ao trabalho.
Uma das 24 caras novas da C�mara Municipal, o advogado e professor de Direito quer promover estudo para “enxugar” o arcabou�o de leis da cidade.
“Temos que propor um trabalho incessante da C�mara, por um conjunto de vereadores e a assessoria t�cnica, para acabar com as leis sem efetividade, sem efic�cia e desnecess�rias”, diz. Nesta legislatura, o Parlamento municipal chegou a instituir comiss�o especial para tratar do tema. Embora seja novato, Claudiney, de 52 anos, quer dar continuidade ao trabalho.
Defensor da educa��o p�blica, o futuro vereador quer articular formas de oferecer atividades extracurriculares nas institui��es municipais de ensino, como aulas de idiomas. Para isso, defende a utiliza��o de mecanismos alternativos aos projetos de lei.
“Tudo por meio de parcerias, fazendo a interlocu��o entre prefeitura e iniciativa privada”, garante. “O projeto de lei cria despesas e padece de v�cios de origem”, sustenta.
“Tudo por meio de parcerias, fazendo a interlocu��o entre prefeitura e iniciativa privada”, garante. “O projeto de lei cria despesas e padece de v�cios de origem”, sustenta.
Crist�o, Claudiney pretende engrossar a Bancada Crist� da Casa. Mesmo favor�vel ao que chama de “despartidariza��o das escolas”, classifica como inconstitucional o projeto Escola sem Partido, que pode ser votado em segundo turno no pr�ximo ano.
“O projeto n�o contempla o que se busca com ele. A Casa sabe disso (a inconstitucionalidade do projeto). Deixou o projeto passar para ganhar holofotes e criar palanque”, diz ele, que em vez do sobrenome Alves, incorporou um apelido de inf�ncia � alcunha pol�tica.
“O projeto n�o contempla o que se busca com ele. A Casa sabe disso (a inconstitucionalidade do projeto). Deixou o projeto passar para ganhar holofotes e criar palanque”, diz ele, que em vez do sobrenome Alves, incorporou um apelido de inf�ncia � alcunha pol�tica.
Qual a principal bandeira de seu mandato?
A educa��o integral, integrada, gratuita e de qualidade. Universalizada. Do ponto de vista regional, tenho identidade e representatividade com as regionais Barreiro, Oeste, Nordeste e Noroeste. Estou eleito vereador para a cidade, mas essas s�o as regionais onde eu tenho mais atua��o.
O senhor falou em educa��o. O que pretende apresentar, em termos de iniciativa parlamentar, para aprimorar o setor em BH?
Os parlamentares, muitas vezes, no af� de querer trabalhar a educa��o mais pr�xima do Legislativo, pensam em projetos que possam mudar. Como legisladores, nos cabe fazer a interlocu��o e a defesa de algumas tem�ticas: escola aberta aos fins de semana, parcerias para integrar as escolas a outros segmentos da sociedade, abrir espa�o para que a escola possa funcionar em tempo integral e parcerias para o aprimoramento de l�nguas estrangeiras dentro das institui��es p�blicas de ensino. Tudo por meio de parcerias, fazendo a interlocu��o entre prefeitura e iniciativa privada. O projeto de lei cria despesas e padece de v�cios de origem.
E quanto aos projetos de lei? J� sabe a primeira proposta que pretende apresentar?
Belo Horizonte precisa fazer um estudo, j� iniciado na legislatura anterior, para diminuir e compilar o volume de leis completamente desnecess�rias existentes. Estamos levantando legisla��es totalmente absurdas, que precisam acabar. Precisa de mover o aparato estatal municipal para criar uma lei que muda nome de rua, pra�a ou escola? Isso tem que acabar. Temos que propor um trabalho incessante da C�mara, por um conjunto de vereadores e a assessoria t�cnica, para acabar com as leis sem efetividade, sem efic�cia e desnecess�rias.
Como vereador que pretende se pautar pela educa��o, que opini�o tem sobre o Escola sem Partido?
Sou a favor da despartidariza��o da escola. N�o tem nada a ver educa��o com partidariza��o, milit�ncia e prega��o ideol�gica. � um projeto inconstitucional, ilegal e antijur�dico. A tramita��o dele � completamente desnecess�ria, pois padece de v�cio de inconstitucionalidade insan�vel. Sou a favor da escola divorciada do vi�s ideol�gico, que ensina e educa, mas o projeto, nos termos em que foi concebido, � ilegal. O projeto n�o contempla o que se busca com ele. A Casa sabe disso (a inconstitucionalidade). Deixou o projeto passar para ganhar holofotes e criar palanque.
Em 2018, o senhor foi candidato ao governo, mas n�o obteve vota��o expressiva. O que te despertou a tentar ser vereador?
Fui candidato ao governo para atender uma situa��o estrat�gica que o partido colocou. O Avante construiu, desde a prepara��o das elei��es, a candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo. N�o apoiamos a pr�-candidatura dele – n�s constru�mos ela, o que � muito mais forte. Discutimos com o estado inteiro a candidatura (de Pacheco). Ao final do processo de defini��o das candidaturas, uma articula��o de c�pulas partid�rias retirou brutalmente a candidatura dele. Ent�o, nosso partido teria outro caminho, sugerido por mim, que era o M�rcio Lacerda. S� que, ao analisar a documenta��o jur�dica e o pedido de registro, naquela briga entre PSB e Marcio pela dire��o do partido em Minas, vimos que a candidatura era fr�gil juridicamente. Para n�o ficar no campo do PSDB ou do PSB, n�o restou outra solu��o a n�o ser lan�ar um nome pr�prio. Essa decis�o foi constru�da com a chapa de deputados estaduais e federais. Meu nome foi retirado pela dire��o do partido e pelas duas chapas como nome que podia representar o partido, j� em fase avan�ada do processo eleitoral. Mantivemos o nome do Avante para garantir desempenho das chapas de deputados.
Mas s�o cargos de proje��es muito diferentes.
A imprensa especializada em Minas repercutiu bem nosso desempenho nos debates. O partido, ent�o, entendeu que meu nome estava consolidado para disputar outras elei��es. O pr�ximo pleito era a C�mara Municipal.