
A semana termina com dois dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) envolvidos em den�ncias de uso da m�quina p�blica.
Na quinta-feira (10/12), vieram a p�blico as provas que Jair Renan se beneficiou de servi�o prestado por empresa paga com dinheiro p�blico.
Nesta sexta-feira (11/12), mais um epis�dio sobre o caso das rachadinhas, que liga o senador Fl�vio Bolsonaro (sem partido), � apurado. Dessa vez em reportagem da revista �poca.
Segundo apurou a revista, a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) produziu pelo menos dois relat�rios de orienta��o para Fl�vio Bolsonaro e seus advogados para embasar um pedido de anula��o do caso Fabr�cio Queiroz.
Queiroz � ex-assessor de Fl�vio quando o filho de Bolsonaro ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
De acordo com o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro, Queiroz comandava o esquema conhecido como rachadinha – entrega de parte de sal�rios de assessores para uso particular de parlamentares.
Documentos
Nos dois documentos que a reportagem teve acesso, com autenticidade e proced�ncia confirmadas pela defesa do senador, a Abin detalha o funcionamento da suposta organiza��o criminosa em atua��o na Receita Federal.Segundo suspeita dos advogados de Fl�vio, a Receita teria feito um escrut�nio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relat�rio que gerou o inqu�rito das rachadinhas.
Vers�es conflitantes
Esse relat�rio teria sido enviado em setembro para Fl�vio, que por sua vez o repassou le para seus advogados.
A reportagem checou que os documentos contrastam com uma vers�o do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional, que afirmou publicamente que n�o teria ocorrido atua��o da Intelig�ncia do governo.
Essa declara��o do general teria ocorrido ap�s a defesa do senador levar a den�ncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre Ramagem, diretor da Abin, em 25 de agosto.
Um dos documentos seria autoexplicativo ao definir a raz�o daquele relat�rio, que a reportagem destaca como uso indevido da estrutura do Estado para beneficiar a defesa do filho do presidente.
Em um campo intitulado “Finalidade”, cita: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”.