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Estado de Minas Entrevista/S�nia Lansky da Coletiva

''O mandato, a sa�de e a sa�da s�o coletivos'', diz vereadora de BH

Parlamentar representa grupo de vereadores que defendem renda b�sica e sa�de p�blica


18/12/2020 04:00 - atualizado 18/12/2020 07:22

''Dentro da cidade do bem viver, trabalhamos com a ideia de renda básica, para propiciar condições de vida, moradia, acesso à água, alimentação, saneamento, emprego, educação pública, saúde e cultura'' (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
''Dentro da cidade do bem viver, trabalhamos com a ideia de renda b�sica, para propiciar condi��es de vida, moradia, acesso � �gua, alimenta��o, saneamento, emprego, educa��o p�blica, sa�de e cultura'' (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Por tr�s do rosto da pediatra e epidemiologista S�nia Lansky h� outras nove figuras que formam a Coletiva, mandato conjunto presente na C�mara Municipal de Belo Horizonte a partir de 2021.

Eleito pelo PT com 4.793 votos, o time tem pessoas de diversas �reas de atua��o. S�o oito mulheres e dois homens – negras e negros, em sua maioria – engajados em quest�es como a defesa da popula��o LGBTQIA+, a luta contra a discrimina��o racial, a institui��o de renda b�sica municipal.

Outra pauta, a defesa do Sistema �nico de Sa�de (SUS), � a "raiz" das bandeiras. “A representa��o dessa pauta na C�mara � muito fr�gil. Colocamos o nome Coletiva para contemplar isso.

O mandato, a sa�de e a sa�da s�o coletivos”, explica S�nia, ao Estado de Minas.

Por conta da legisla��o eleitoral, foi preciso escolher apenas um para ser o representante oficial. Assim, a m�dica adotou “S�nia Lansky da Coletiva” como nome pol�tico.

Os covereadores de S�nia s�o Andr� Xavier, Dehonara Silveira, Juliana do Carmo, Lara Sousa, L�gia de Laurentiis, R�bia Ferreira Pinto, Rubinho Giaquinto, Sor�ngela Maria de Souza e Stella Gontijo.

Oficialmente, eles ser�o nomeados assessores do gabinete, mas ter�o protagonismo e voz na tomada de decis�es.

O grupo sustenta um modelo de atua��o conjunto. Educa��o, seguran�a, respeito � diversidade e garantia de oportunidades: no fim das contas, creem, tudo tem rela��o com a sa�de.

“A forma como as pessoas vivem, se alimentam e o n�vel de educa��o est�o interligados � promo��o de vida digna e sa�de plena”, diz S�nia.

A ideia � fazer “oposi��o cr�tica e propositiva” ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), tendo o di�logo como princ�pio basilar.

Como vai funcionar a estrutura do mandato coletivo?
Somos 10 covereadores. Estou na representa��o do mandato. Pelas regras eleitorais, n�o tinha como fugir disso. H�, no Supremo Tribunal Federal (STF), a tramita��o de uma proposta que contempla candidaturas coletivas. N�o � uma novidade no Brasil. J� aconteceu em outras elei��es. Neste ano, foram mais de 260 – no PT, mais de 40. Houve um crescimento exponencial desse tipo de proposta. Internacionalmente, j� existiam iniciativas semelhantes. No nosso caso, a representa��o predominante � de mulheres, pois temos pautas alinhadas ao movimento feminista, de esquerda, antifascista, antirracista e de respeito � diversidade. Tamb�m h� a pauta da luta antimanicomial, al�m da discrimina��o que as pessoas com defici�ncia sofrem. S�o oito mulheres e dois homens. A maioria � n�o branca, em alinhamento contra a discrimina��o racial, em representa��o mais pr�xima ao que � a composi��o da popula��o. H� diversidade, tamb�m, geracional, com inclus�o da juventude, a participa��o de pessoas de movimentos da periferia e diversidade de tem�ticas de luta. Predomina, na constru��o, a pauta da sa�de p�blica. As propostas iniciais v�m de um grupo de sanitaristas, trabalhadores do SUS em BH, que se juntaram para propor um mandato legislativo, pois a representa��o dessa pauta na C�mara � muito fr�gil. Colocamos o nome Coletiva para contemplar isso. O mandato, a sa�de e a sa�da s�o coletivos.

A senhora falou em defesa do SUS. Como a Coletiva pensa em encampar a bandeira da sa�de p�blica na C�mara?
Temos falado da cidade do bem viver e do SUS. Dentro da cidade do bem viver, trabalhamos com a ideia de renda b�sica para propiciar condi��es de vida, moradia, acesso � �gua, alimenta��o, saneamento, emprego, educa��o p�blica, sa�de e cultura. Isso tudo tem a ver com sa�de. A forma como as pessoas vivem, se alimentam e o n�vel de educa��o est�o conectados � promo��o de vida digna e sa�de plena. Sa�de n�o � s� aus�ncia de doen�a. � a possibilidade de vida feliz para todo mundo, sem discrimina��o, desigualdade e viol�ncia.

J� pensam em algum projeto ligado ao SUS?
Ampliar a cobertura da sa�de da fam�lia. A aten��o prim�ria, hoje, tem cobertura de 83%. A proposta � que ela avance para penetrar em toda a cidade e esteja na vida das pessoas, para que conhe�am mais a capacidade do SUS quando bem financiado e bem desenvolvido. A ideia � levar a cobertura a 100% da popula��o. O SUS sofre uma grande campanha difamat�ria, como todo servi�o p�blico no pa�s. Belo Horizonte tem grande hist�ria com o SUS. A for�a dele est� em todas as regi�es da cidade, mas ainda de maneira insuficiente.

Como pretendem se portar ante o governo Kalil?
O PT tem um projeto pol�tico para a sociedade, no Brasil e em Belo Horizonte. Ele � de inclus�o e igualdade social, prote��o � vida, �s pessoas, inser��o, inclus�o, fortalecimento das pol�ticas p�blicas e atendimento aos direitos humanos b�sicos. � um projeto de uma cidade mais feliz para todos. Temos projetos pr�prios. O que fizer bem � cidade e se alinhar a esses projetos, apoiaremos. (A posi��o � de) oposi��o cr�tica e propositiva. Temos independ�ncia, um projeto, e estaremos alinhados ao que for ben�fico � popula��o. Oposi��o que dialoga. Que tem uma proposta de constru��o de interesses p�blicos.

Os covereadores ser�o nomeados  assessores?
N�o h� outra maneira. Os assessores e a chefia (da equipe) estar�o dentro da composi��o do gabinete com os covereadores e os outros assessores que ser�o necess�rios. Os covereadores estar�o juntos, inclusive, com proposta de horizontalidade e a maior equival�ncia salarial poss�vel dentro das previs�es legais. A coletividade significa di�logo permanente para alcan�ar propostas, sempre como resultado de uma decis�o coletiva e consensual.



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